YouTube vai remover vídeos com informações falsas sobre fraude eleitoral no Brasil

TSE tem cobrado iniciativas para conter a disseminação de 'fake news' contra as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral do país

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O YouTube anunciou nesta terça-feira (22) uma atualização de suas políticas de integridade eleitoral e supressão de eleitores. Na prática, a medida vai remover vídeos que contenham alegações falsas de fraudes, erros ou problemas técnicos na eleição de 2018, inclusive os que já estão publicados na plataforma. A nova política pode acarretar na exclusão de conteúdos publicados no canal do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“As diretrizes já existentes serão ampliadas para abranger conteúdos postados após a certificação dos resultados oficiais das eleições presidenciais de 2018 que promovam alegações falsas de que fraudes, erros ou problemas técnicos generalizados mudaram o resultado eleitoral. Essa atualização acontece a exemplo do que foi feito nos EUA e na Alemanha nos últimos anos. Também será removido conteúdo que inclui alegações falsas de que as urnas eletrônicas brasileiras foram hackeadas na última eleição presidencial e de que os votos foram adulterados”, diz a nota da plataforma.

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No ano passado, foram frequentes as declarações do presidente com críticas ao sistema de votação eletrônico e sobre suspeitas de fraudes nas eleições de 2018, quando ele foi eleito. No dia 29 de julho de 2021, por exemplo, o tema da “live” semanal de Bolsonaro em que supostamente comprovaria fraudes na urna eletrônica em 2018 – o episódio tornou-se alvo de um inquérito em andamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De acordo com o YouTube, os usuários verão um painel de informações na parte superior dos resultados da pesquisa, ou abaixo dos vídeos relacionados ao voto eletrônico, com um link para informações oficiais do TSE.

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“As Eleições de 2022 no Brasil vão gerar uma busca por notícias, curiosidades e dúvidas na internet, que deverão ser explicadas e contextualizadas de acordo com os fatos e as particularidades brasileiras. Os painéis visam ampliar o acesso a informações de fontes confiáveis e já contemplam outros temas sensíveis, como a COVID-19”, informou a plataforma.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem ampliado suas ações para monitorar a disseminação de “fake news” contra as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral do país. Após o Telegram demonstrar disposição em colaborar com a Justiça brasileira, o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, enviou aos representantes do aplicativo um novo convite para que eles participem do programa de combate às “fake news” durante as eleições.

Outras plataformas e redes sociais já aderiram ao Programa de Enfrentamento à Desinformação do TSE, como o WhatsApp, Twitter, Facebook, Instagram, Tiktok e o próprio YouTube.

Com Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico

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