Positivo (POSI3) aposta na trinca Selic, PME e compras públicas para tentar recuperar receita no 2º semestre

No ano passado, empresa alcançou receita recorde com, fornecimento de urnas eletrônicas

Helio Rotenberg, presidente da Positivo Tecnologia: com incorporação da Algar Tech, empresa mira mercado no Brasil de R$ 36 bi. foto: Renato Jakitas/Inteligência Financeira
Helio Rotenberg, presidente da Positivo Tecnologia: com incorporação da Algar Tech, empresa mira mercado no Brasil de R$ 36 bi. foto: Renato Jakitas/Inteligência Financeira

Depois de um segundo trimestre difícil, com queda de 53,4% em sua receita bruta na comparação com o mesmo período do ano anterior, a Positivo tecnologia (POSI3) aposta na trinca formada por queda da Selic, volta do apetite das pequenas empresas e a assinatura de contratos para compras de instituições públicas para, ao menos, empatar o faturamento obtido no ano de 2022, que foi de R$ 5,9 bilhões, até então o maior da história da companhia.

No ano passado, a smallcap de Curitiba se beneficiou principalmente com a receita dos contratos públicos, dentre eles o fornecimento das urnas eletrônicas para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um negócio de R$ 406 milhões, e a entrega dos servidores desenvolvidos para um supercomputador da Petrobras (PETR4), que custou R$ 239 milhões.

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Ao todo, esses dois contratos engrossaram a receita da empresa em quase R$ 650 milhões. “Se descontar esses dois contratos, a nossa receita de segundo trimestre foi praticamente estável, com uma pequena queda”, afirmou o co-fundador e CEO do Positivo Tecnologia, Helio Rotenberg.

Pequenas e médias empresas

O presidente e os demais executivos da companhia participaram nesta quinta-feira (24) de evento com investidores e jornalistas para comentar os resultados do primeiro semestre e apontar as previsões para a segunda metade do ano.

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De acordo com Rotenberg, a Positivo Tecnologia também sentiu o impacto da desaceleração do apetite das micro e pequenas empresas, outra vertical importante para o negócio. “Mas estamos com a expectativa de que a queda dos juros (Selic) melhora o caixa dessas empresas e sua capacidade de investimento”, disse.

Contrato de educação em São Paulo

Questionados por jornalistas sobre o veto do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, aos contratos anteriormente firmados com a Multilaser (MLSAS3) para o fornecimento de equipamentos às escolas, os executivos da Positivo disseram que pretendem intensificar a atuação para tentar capturar ao menos parte do contrato inicial, de pouco mais de R$ 78 milhões.

“Vamos buscar participar dessa licitação, quando acontecer novamente”, afirmou Marielva Dias, vice-presidente de Instituições Públicas.

O governado paulista decidiu vetar os contratos após questionamentos sobre o conflito de interesse envolvendo o secretário da Educação, Renato Feder, ligado a Multilaser.

Para além das novas oportunidades, a empresa diz que já tem contratado R$ 1,36 bilhão em receitas do setor público, com destaque para 220 mil urnas eletrônicas para eleições municipais do ano que vem, que serão entregues neste segundo semestre.

“O atual pipeline de futuras compras pelas instituições públicas no país é de R$ 4,6 bilhões neste ano”, afirma Marielva Dias, que destaca que anos eleitorais, como foi 2022 e será o ano que vem, são melhores para o setor.

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