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Privatização da Copel (CPLE6): empresa deve alertar sobre risco de processo ser cancelado
Ainda sem a aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU), a Companhia Paranaense de Energia – Copel (CPEL6) iniciou na terça (25) a oferta das suas ações, por meio da qual será privatizada. A operação pode chegar a cerca de R$ 5 bilhões.
No prospecto da oferta, a Copel deverá alertar sobre o risco de a operação ser cancelada caso não receba o aval do órgão federal até a data da definição do preço de venda, prevista para ocorrer na segunda semana de agosto, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.
Os participantes da operação consideram “prudente” alertar para esse risco no documento, embora a expectativa seja de aprovação pelo TCU.
O Tribunal precisa dar aval sobre o bônus de outorga a ser pago pela Copel na renovação de concessões hidrelétricas, de R$ 3,7 bilhões. Parte da captação da oferta será justamente para pagar esse valor.
Em 6 de julho, o ministro do TCU Vital do Rêgo pediu vistas durante a votação, prorrogando o prazo de análise do processo em 30 dias.
Com a oferta, o governo do Paraná sairá do controle da empresa, reduzindo sua participação dos atuais 31% do capital total para algo entre 15% e 17%.
A expectativa é de que a oferta envolva apenas ações ordinárias (ON, com direito a voto), que têm baixa liquidez por estarem concentradas nas mãos do Estado.
O Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) vai fiscalizar a venda, incluindo a definição do preço mínimo. O órgão criou uma comissão especial para acompanhar o processo em todas as suas etapas.
A oferta, que tem potencial de gerar grande interesse de investidores estrangeiros, será coordenada pelo banco BTG Pactual, com participação ainda de Bradesco BBI, UBS BB e Itaú BBA.
Em documento divulgado ontem, a Copel informou que a operação deve movimentar entre R$ 4,3 bilhões e R$ 5 bilhões.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo/Estadão Conteúdo
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