Itaú BBA rebaixa recomendação da Eneva (ENEV3) e corta preço-alvo

"Grande parte da vantagem do leilão de 30 de setembro já foi precificada", dizem os analistas

Complexo Paranaíba, instalação da Eneva em Santo Antônio dos Lopes, no Maranhão
Complexo Paranaíba, instalação da Eneva em Santo Antônio dos Lopes, no Maranhão

O Itaú BBA rebaixou a recomendação da empresa de energia Eneva na Bolsa de Valores de compra para neutra e cortou o preço-alvo esperado para 2023 de R$ 18,60 para R$ 17 por ação, uma valorização potencial de 9,67% sobre a cotação atual.

A revisão considera um cenário-base traçado pelo banco, o qual assume os ativos já existentes da companhia e as vendas da Eneva de 600 megawatts (MW) de capacidade pelo preço máximo.

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De acordo com o banco, a revisão leva em conta essencialmente a percepção de que a companhia deixou de ser tão atrativa, a maior competição para o leilão de 30 de setembro das “térmicas da Eletrobras”, o que deve reduzir o potencial de geração de valor.

Além disso, ressaltam que há uma pior perspectiva para despacho térmico em 2022-2023 e a demora maior que a esperada em relação ao acordo para a compra do polo de Bahia Terra.

Leilão precificado

O Itaú BBA lembra que a ação subiu 16% desde que anunciou a oferta subsequente de ações em junho. “Acreditamos que grande parte da vantagem do leilão de 30 de setembro já foi precificada”, comentam os analistas Marcelo Sá, Filipe Andrade, Luiza Candiota e Karoline Correia.

Eles destacam ainda uma competição maior do que a esperada para o leilão. Segundo a própria companhia, a Petrobras pode ter negociado contrato de gás de Urucu com outros desenvolvedores de termelétricas, abrindo caminho para participar do leilão.

Com isso, a Eneva pode não estar sozinha no certame para a contratação de 1 GW de capacidade na região Amazônica.

Dois cenários

O banco traça ainda outros dois cenários com preços diferentes. Em um quadro mais negativo, em que considera apenas os projetos existentes e nenhuma valorização a partir do leilão de 30 de setembro, o banco fixa preço de R$ 12,50 por ação.

Em uma conjuntura mais favorável, assumindo vendas de 900 GW de capacidade no leilão pelo preço máximo de R$ 1,00 por ação pelo valor presente líquido da aquisição da Bahia Terra e um despacho térmico maior, o preço esperado é de R$ 20,4 por ação.

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