Análise: Estratégia de investimentos com juro alto por um período mais prolongado

Confira o comunicado enviado aos clientes investidores do Itaú Unibanco após decisão de juros do Banco Central na quarta-feira

- Ilustração: Marcelo Andreguetti/IF
- Ilustração: Marcelo Andreguetti/IF

As taxas de mercado precificavam no fechamento de ontem que a Selic subiria um pouco mais até o final deste ano. Apesar da manutenção na reunião do Copom, a possibilidade deixada pelo BC de voltar a subir o juro futuramente se necessário deve esfriar a expectativa pela redução de juros no curto prazo, o que deve manter as taxas curtas (até 1 ano) ao redor do patamar atual.

Juro mais alto por um período mais prolongado reforça o cenário de queda da inflação e, com isso, as taxas médias e longas tendem a apresentar um desempenho mais favorável, com espaço para continuidade da tendência de queda que temos observado desde meados de julho.

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Seguimos com nossa opinião de que a renda fixa oferece boas oportunidades. As taxas atuais ainda proporcionam um juro elevado por muitos anos à frente. Mantemos nossa recomendação de intensificar a alocação em ativos prefixados ou indexados à inflação neste momento de transição, sempre alinhado ao seu respectivo perfil de risco.

No mercado de câmbio, o efeito sobre o Real deverá ser neutro. O noticiário global tem sido mais relevante do que o rumo da Selic, mesmo reconhecendo que juro mais elevado por mais tempo tende a jogar a favor da valorização da nossa moeda.

A manutenção da Selic em 13,75% ao ano é positiva para a bolsa brasileira, já que altas adicionais da taxa de juros reduziriam mais a atratividade relativa de ações frente aos ativos de renda fixa. Porém, os investidores de bolsa ainda não podem comemorar definitivamente o fim do aperto monetário, pois o banco central deixou a porta aberta para retomar o movimento de alta.

Por outro lado, o comprometimento em trazer a inflação para a meta diminui a pressão de alta dos juros de prazos mais longos, que tem maior influência sobre o valor das ações do que os juros curtos.

Por fim, não antecipamos impacto relevante para as ações e ressaltamos que o cenário internacional deve continuar a ter papel importante na direção dos preços dos ativos.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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