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Aumento da taxa Selic está no cenário, aponta ata do Copom
Na decisão que manteve a taxa Selic em 10,50% ao ano, o Copom sinalizou que pode voltar a subir os juros no Brasil. Isso é o que mostra a ata da reunião divulgada nesta terça-feira (6) pelo Banco Central.
“O comitê avaliará a melhor estratégia: de um lado, se a estratégia de manutenção da taxa de juros por um tempo suficientemente longo levará a inflação à meta no horizonte relevante”, diz a ata do Copom.
“De outro lado, o comitê, unanimemente, reforçou que não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado” destaca o documento.
Selic hoje
Sobretudo, a expectativa de inflação desancorada está entre os principais fatores para o Copom colocar de volta no cenário a chance de retomar o aperto monetário. O comitê, conforme a ata, mencionou a piora das projeções do IPCA no Boletim Focus. As estimativas dos agentes financeiros estão longe da meta de 3% ao longo do horizonte.
Outros pontos observados foram o mercado de trabalho aquecido e a expansão da atividade econômica. Especialmente o consumo das famílias. “Têm surpreendido e divergido do cenário de desaceleração previsto.”
Além disso, o documento apontou que cenário externo se mantém adverso. Com incerteza sobre os impactos e a extensão da flexibilização monetária nos Estados Unidos.
“Assim, o comitê avaliou que a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação, como também a ancoragem das expectativas em torno da meta”, reitera a ata do Copom.
Futuro dos juros no Brasil
Portanto, a ata do Copom indicou que o cenário marcado por projeções mais elevadas e mais riscos para a alta da inflação é desafiador. Dessa maneira, o comitê avaliou que o desenrolar do cenário será particularmente importante para definir os próximos passos de política monetária.
Mesmo deixando no radar um novo aumento da Selic, o colegiado não adiantou o que pretende fazer na reunião de setembro.
“O momento corrente é de ainda maior cautela e de acompanhamento diligente dos condicionantes da inflação. Sem se comprometer com estratégias futuras.”
“Como usual, as estratégias adotadas pelo comitê refletirão o compromisso com o cumprimento da meta de inflação. Visando também a reancoragem das expectativas de inflação de modo a minimizar o custo da desinflação. O comitê se manterá vigilante e relembra que eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta.”
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