Como a taxa Selic é definida – e quais as consequências da alta dos juros

Essa foi a 12ª alta seguida nos juros desde março de 2021

(Ilustração: Marcelo Andreguetti/IF)
(Ilustração: Marcelo Andreguetti/IF)

O Banco Central (BC) elevou novamente a taxa básica de juros da economia nesta quarta-feira (3) subindo a Selic de 13,25% para 13,75%, conforme a expectativa do mercado. Essa foi a 12ª alta seguida nos juros desde março de 2021, quando ela estava no menor patamar da história, em 2%.

Mas como é definida a taxa Selic?

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A taxa básica de juros é o principal instrumento do Banco Central para conter o aumento de preços.

Quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic. Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas, o Banco Central reduz a Selic.

Em 2022, a meta central de inflação é de 3,5% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%. O mercado financeiro, porém, prevê a inflação acima dos 8% em todo este ano.

As decisões sobre a taxa de juros demoram de seis a 18 meses para terem impacto pleno na economia. Com a meta de inflação de 2022 praticamente estourada, o BC começa a calibrar a taxa de juros cada vez mais mirando o ano de 2023.

Para 2023, a meta de inflação foi fixada 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.

Consequências da alta dos juros

De acordo com economistas, o aumento do juro básico da economia, para conter a inflação, tem vários reflexos na economia. Entre eles, estão:

  • Aumento das taxas bancárias, e a tendência é que novos aumentos também sejam repassados aos clientes. No ano passado, a elevação do juro bancário foi o maior em seis anos.
  • Influencia negativa no consumo da população e nos investimentos produtivos, impactando negativamente o Produto Interno Bruto (PIB), o emprego e a renda.
  • Gera uma despesa adicional com juros da dívida pública. No ano passado, com a elevação da Selic e da inflação, os gastos com juros foram os maiores em seis anos. E a expectativa de economistas é de que essa despesa deve bater recorde em 2022.
  • Aplicações em renda fixa, como no Tesouro Direto e em debêntures, passam a render mais. Leandro Vasconcellos, líder da mesa de alocação Alta Renda e sócio da BRA, avaliou que, em momentos como esse, vale apostar em títulos atrelados à inflação e títulos pós-fixados (indexados à Selic).

Com informações do g1.

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