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Copom corta juros em 0,50 ponto pela quarta vez seguida e Selic vai a 11,75% ao ano
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) seguiu o plano de voo e reduziu pela quarta vez consecutiva a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual. A decisão, que foi unânime, levou os juros básicos da economia do patamar de 12,25% para 11,75% ao ano.
A taxa básica alcança assim o seu patamar mais baixo em 19 meses.
Conforme a sinalização dada pelo Copom no encontro anterior, realizado no dia 1 de novembro, a queda da Selic nesse ritmo já era amplamente esperada pelo mercado.
Inflação em queda impacta taxa Selic
Segundo a última edição do Boletim Focus, pesquisa do BC com instituições do mercado, o IPCA recuou de 4,54% para 4,51%.
Se confirmada a projeção, o IPCA vai terminar o ano acima do centro da meta para o ano, de 3%, mas dentro do intervalo de tolerância, que vai até 4,75%.
Para o ano que vem, a projeção para a inflação piorou um pouco, oscilando de 3,92% para 3,93%, no entanto, mostra uma dinâmica dos preços convergindo rumo ao centro da meta.
Ainda, as projeções indicam que o ciclo de flexibilização monetária do Copom deve prosseguir, com a Selic chegando a 9,25% ao fim de 2024.
O que é a taxa Selic?
Selic é a sigla para “Sistema Especial de Liquidação e de Custódia”. É a taxa básica e, mais importante do que isso, é ela que baliza todo o mercado financeiro. Portanto, o investidor dificilmente vai encontrar juros menores do que ela.
A Selic também é um bom termômetro para os investimentos. Então, um papel que pague abaixo da taxa de juros merece ser trocado por outro que pague pelo menos a mesma coisa. A Selic é definida pelo Banco Central (BC), que sobe esta taxa todas as vezes que precisa controlar a inflação.
O que é o Copom, que define taxa Selic?
A Selic não nasce de geração espontânea, do nada. Ela é definida por um colegiado que se reúne a cada 45 dias e que decide se vai aumentar ou reduzir a taxa. Este grupo de pessoas avalia dados macroeconômicos, como o desempenho da atividade econômica, olha para as contas públicas, vê o desempenho da inflação, estuda a quantas anda o câmbio.
Tudo isso olhando sempre para a conjuntura internacional, uma vez que o investidor estrangeiro tem grande relevância para Brasil, bem como nossas exportações e importações.
O nome que se dá a este grupo é Comitê de Política Monetária (Copom), órgão que pertence à estrutura do BC.
Este grupo é composto pelos chefes do Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban), Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab), Departamento Econômico (Depec), Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep), Departamento das Reservas Internacionais (Depin) e Departamento de Assuntos Internacionais (Derin).
Os encontros do Copom acontecem durante dois dias seguidos (terça e quarta-feira), a cada 45 dias. A ata com a decisão é divulgada na terça-feira, uma semana depois do primeiro dia da reunião. É nela onde estão os detalhes da decisão, com uma sinalização do que deve acontecer no próximo encontro.
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