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Avaliação positiva do trabalho de Haddad salta de 26% para 65%, segundo o mercado
A percepção de que a taxa Selic será reduzida ainda este ano se tornou unânime no mercado em julho, mostra pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (12). Entre maio e julho, a razão dos que preveem cortes em 2023 avançou de 88% para 100%.
A aposta majoritária (92%) é de início do ciclo de cortes de juros em agosto, enquanto 7% esperam que o Banco Central só comece a reduzir a Selic em setembro e 1%, em novembro.
Em agosto, 56% preveem redução de 0,25 ponto porcentual dos juros, contra 32% que esperam queda de 0,5 ponto. Apenas 1% dos entrevistados projeta redução maior do que 0,5 ponto. Outros 7% esperam manutenção dos juros em 13,75%, enquanto 4% preveem alta de 0,25 ponto porcentual.
Conselho Monetário e Campos Neto
Para 94%, o Conselho Monetário Nacional (CMN) tomou a decisão certa ao manter a meta de inflação em 3%, enquanto 6% classificaram a medida como errada. A adoção de uma meta de inflação contínua foi vista como positiva por 81% e como negativa por 19%.
A maioria dos entrevistados (86%) classifica a atuação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em 2023 como positiva, contra 7% de regular e 7% de negativo. Ao todo, 71% se disseram “muito preocupados” com a futura indicação de um nome para a presidência do BC pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contra 27% que afirmaram estar “pouco preocupados” e 2% que se disseram “nada preocupados”.
A pesquisa fez 94 entrevistas com fundos de investimento sediados nos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro entre os dias 6 e 10 de julho. A amostra considerou 47% de gestores, 31% de economistas, 14% de traders, 5% de analistas e 3% de pessoas com outros cargos.
Avaliação sobre a reforma tributária
A maioria do mercado avalia que a reforma tributária deverá aumentar a geração de empregos no País e melhorar os resultados da indústria, mostra a mesma pesquisa. Em contrapartida, espera-se uma piora dos resultados dos setores de comércio e serviços. Para 66%, a reforma tributária deve aumentar o bem-estar das pessoas, enquanto 34% veem diminuição.
Avaliação Lula e Haddad
A proporção do mercado financeiro que avalia positivamente o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saltou de 2% em maio para 20% em julho. No período, a avaliação negativa sobre o governo caiu de 86% para 44%, e a avaliação regular subiu de 12% para 36%.
A mudança foi mais evidente na avaliação positiva sobre o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que disparou de 26% em maio para 65% em julho. A proporção dos que consideram o trabalho de Haddad negativo passou de 37% para 11%, enquanto os que dão avaliação regular ao ministro diminuíram de 37% para 24%.
Para 23% dos entrevistados, o fortalecimento de Haddad é o principal fator por trás da última rodada de melhora dos ativos domésticos – atrás apenas do movimento dos mercados internacionais, citado por 32%. Mais 20% mencionaram a atuação do Congresso e outros 20%, a atuação do Banco Central. Apenas 3% citaram medidas do governo Lula como razão para o desempenho.
A proporção dos que avaliam que o governo está preocupado com o controle da inflação avançou de 20% em maio para 34% em julho, enquanto a parcela dos que não veem essa preocupação recuou de 80% para 66%.
Com informações do Estadão Conteúdo
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