Galípolo: emergentes sofrem efeitos do adiamento dos cortes de juros nos EUA
Diretor do BC pontuou que, em 2023, se viu no Brasil um processo de desinflação de maneira 'um pouco inusitada' e ressaltou que ao redor do globo, houve uma desinflação com nível de atividade econômica bastante resiliente
O diretor de política monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou que a postergação dos cortes da taxa de juros nos Estados Unidos acabou refletindo na elevação da taxa de juros terminal ou de prêmio de risco na maior parte dos países emergentes. A afirmação foi feita nesta sexta-feira (7) durante evento na Universidade de Brasília (UnB).
No caso do Brasil, Galípolo disse que a situação pode ser um pouco mais delicada porque se continua observando um processo de desancoragem das expectativas. O diretor ressaltou que o último dado da inflação “tanto o headline (número cheio) quanto a composição” foi benigna, mas que apesar disso, continua se observando expectativas desancoradas e que seguem desancorando.
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O diretor pontuou que, em 2023, se viu no Brasil um processo de desinflação de maneira “um pouco inusitada” e ressaltou que ao redor do globo, houve uma desinflação com nível de atividade econômica bastante resiliente.
No cenário americano, Galípolo ressaltou que o mandato do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) é diferente do brasileiro. O diretor destacou que é possível dizer que o processo de desinflação naquele país está mais lento do que esperava originalmente, mas também que a probabilidade de recessão diminuiu.
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Galípolo também pontuou que a quadra histórica atual tem desafios para quem está fazendo a gestão de política monetária porque há dificuldade de se encontrar as correlações esperadas nos livros de macroeconomia.
Com informações do Valor Econômico