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Itaú projeta cenário que pode levar taxa Selic a 11,75%
A ata da última reunião do Copom deixou a janela aberta para uma retomada da alta da taxa Selic no Brasil. Mesmo com a sinalização do Banco Central, o Itaú manteve a aposta de juros em 10,50% ao ano até o final de 2025.
Em relatório, o banco traçou cenários sobre os possíveis próximos passos da política monetária. Em outras palavras, os fatores que podem fazer o Copom subir a Selic. Ou então voltar a cortar os juros.
“Simulando o modelo utilizado pelo Copom, com a taxa de câmbio em R$ 5,70/US$, encontramos uma projeção de inflação no horizonte relevante de 3,3%, acima da meta. Nesse caso, estimamos que a taxa de juros necessária para trazer o IPCA de volta à meta seria de pelo menos 11,50%”, aponta o Itaú.
“Dito de outra forma, caso o câmbio não se acomode em patamar mais apreciado (na linha do nosso cenário) e permaneça nas máximas observadas recentemente, a taxa de juros deve ser elevada ainda este ano”, reitera o banco.
Para onde vai a Selic?
No outro lado da conta, com a cotação do dólar na faixa de R$ 5,10, a estimativa de inflação ao longo do horizonte baixaria a 2,8%. Logo, dentro da meta perseguida pelo BC.
Isso criaria condições para a Selic ser derrubada a 9,75%, indica o relatório do Itaú.
Cotação do dólar | IPCA no 1T26 com Selic constante em 10,50% | Selic necessária para trazer inflação para a meta de 3% |
R$ 5,10 | 2,8% | 9,75% |
R$ 5,30 | 2,9% | 10,25% |
R$ 5,55 | 3,2% | 11% |
R$ 5,70 | 3,3% | 11,50% |
R$ 5,90 | 3,5% | 11,75% |
Alta do PIB em 2024
Também no relatório, o Itaú revisou para cima a previsão de crescimento do PIB do Brasil em 2024. Agora, a estimativa de expansão da economia é de 2,5% ante 2,3% da projeção anterior.
“As enchentes no Rio Grande do Sul tiveram impacto na atividade em maio (especialmente na indústria). Mas impacto agregado no ano foi pequeno”, anota o banco.
Ao mesmo tempo, a expectativa para a evolução da atividade em 2025 foi mantida em 1,8%.
“Impulso monetário negativo, com juros em território contracionista e desaceleração no crédito à frente”, lista o Itaú sobre os fatores que devem puxar a desaceleração no ano que vem.
Os rumos da economia, segundo o Itaú
Indicador | 2024 | 2025 |
PIB | 2,5% | 1,8% |
Taxa de desemprego | 7,3% | 7,5% |
IPCA | 4,2% | 4,2% |
Taxa Selic | 10,50% | 10,50% |
Cotação do dólar | R$ 5,50 | R$ 5,50 |
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