Veja os 4 fatores que vão fazer a Selic subir, segundo o Bank of America

Banco agora projeta a taxa básica de juros em 12% no início de 2025

Fachada do prédio do Banco Central (BC) na avenida Paulista, em São Paulo (SP). Foto: Fabrizio Toniolo
Fachada do prédio do Banco Central (BC) na avenida Paulista, em São Paulo (SP). Foto: Fabrizio Toniolo

O Bank of America (BofA) revisitou sua estimativa para a trajetória da Selic no curto prazo. Assim, passou a incorporar em seu cenário-base uma alta de 0,25 ponto percentual (p.p.) na taxa básica de juros já na próxima semana.

Adicionalmente, a instituição financeira projeta duas altas de 0,5 p.p. em novembro e dezembro. Seguida de uma elevação de 0,25 p.p. em janeiro.

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Portanto, o que levaria a Selic para 12% no início do ano que vem.

Por que a Selic vai subir?

Dessa maneira, na visão da equipe comandada pelo chefe de economia para Brasil e de estratégia para América Latina do BofA, David Beker, quatro motivos levaram à expectativa de um juro mais elevado no Brasil nos próximos meses.

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“As expectativas de inflação não diminuíram nas últimas semanas; o real permaneceu acima de R$ 5,50 por dólar; o crescimento surpreendeu positivamente (mesmo em comparação com nossas previsões, que têm sido mais altas do que o consenso); e a curva de juros local está precificando totalmente uma alta de juros para a próxima reunião do Copom”, enumeram os profissionais do BofA.

Segundo eles, ainda, o ciclo de aperto deve ajudar a ancorar novamente as expectativas de inflação e reforçar a credibilidade do BC.

Risco para o PIB

No relatório assinado por David Beker, Natacha Perez e Gustavo Mendes, o banco americano chama a atenção para o desempenho da atividade econômica. Que continua surpreendendo, em meio a um mercado de trabalho forte, aceleração do crédito e demanda interna robusta.

“A política fiscal também ajudou a atividade. Acreditamos que as taxas de juros locais acima do nível neutro, combinadas com um menor impulso fiscal, levarão a uma desaceleração da atividade econômica. Vemos riscos de alta para nossa previsão de crescimento de 2,7% este ano e riscos de baixa para nossa previsão de 2,5% no próximo ano. Ainda esperamos uma inflação de 3,9% este ano (supondo que a bandeira da eletricidade volte a ser verde em dezembro) e de 3,6% no próximo ano”, estimam.

Fed pode tirar pressão

Por outro lado, diante do início de um ciclo de afrouxamento monetário nos Estados Unidos e em outras economias desenvolvidas, há riscos em direção a menos elevações de juros no Brasil.

“Como se espera que o Federal Reserve e outros bancos centrais reduzam as taxas de juros, há um risco de menos altas na Selic. Mantemos a opinião de que as taxas de juros no Brasil já estão acima do nível neutro”, afirma a equipe comandada pelo chefe de economia para Brasil e de estratégia para América Latina do BofA, David Beker.

Após o ciclo de aperto monetário, que deve terminar em janeiro de 2025, o Banco Central deve manter a Selic parada em 12% por quatro reuniões consecutivas. Por fim, iniciar cortes nas taxas a partir de setembro do ano que vem.

”Esperamos que a Selic termine 2025 em 10,75% (acima dos 9% projetados anteriormente) e 2026 em 9%. Sem alterações em relação ao nosso call anterior”, concluem os profissionais do BofA.

Com informações do Valor Econômico

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