Sindicatos querem encontro entre representante da Americanas (AMER3) e governo Lula

Grupos de trabalhadores querem que Ministério do Trabalho seja informado sobre estratégia da Americanas para preservar 44 mil empregos

Fachada de loja da Americanas. Foto: Divulgação
Fachada de loja da Americanas. Foto: Divulgação

Sindicatos propuseram hoje, em reunião com Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, encontro entre representante da Americanas (AMER3), atualmente em recuperação judicial, e o ministério, segundo informações veiculadas há pouco pelo Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro.

O objetivo da reunião, de acordo com o sindicato fluminense, seria de a empresa, com dívidas em torno de R$ 43 bilhões, prestasse esclarecimentos ao Ministério do Trabalho sobre quais estratégias está adotando para preservação dos 44 mil empregos — de acordo com cálculos do sindicatos — ligados à marca em todo o Brasil.

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Sede da Americanas terá protesto de sindicato

Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio e também diretor da Central de Trabalhadoras e Trabalhadores Brasileiros (CTB), participou do encontro, realizado em São Paulo. Em comunicado sobre a reunião de hoje, declarou ser “fundamental” que a empresa explique quais medidas estaria a tomar “para evitar quaisquer tipos de prejuízos aos trabalhadores”. “Estamos lutando por isso de todas as formas”, afirmou.

Em nota sobre o assunto, o sindicato fluminense informou ainda nível de adesão alto, de sindicatos, ao protesto programado para ocorrer em frente à sede da Americanas no Rio, na próxima sexta-feira, dia 3 de fevereiro. “Já recebemos muitas mensagens de adesão ao ato que vamos realizar na sexta”, afirmou Ayer, no comunicado.

Segundo o sindicato dos comerciários do Rio, além de apoio de sindicatos da mesma categoria de outros Estados, participarão da manifestação as seguintes entidades: Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), CTB, Força Sindical (FS), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Confederação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs-CUT) e Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC).

Sindicatos entram na Justiça contra trio da Americanas

Na semana passada, esses mesmos sindicatos ajuizaram Ação Civil Pública contra a Americanas e contra os três sócios de referência da empresa, Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.

Com data de 25 de janeiro, a ação corre na 8ª Vara do Trabalho de Brasília em paralelo com recuperação judicial, já aceita pela Justiça do Rio de Janeiro. O instrumento visa garantir direitos trabalhistas de 44 mil trabalhadores da companhia. A ação também pede que o patrimônio pessoal dos acionistas de referência possa ser executado para o pagamento de dívidas trabalhistas, independentemente do processamento da recuperação judicial.

Já existem quase 17 mil ações trabalhistas em curso contra empresas do Grupo Americanas, representando um valor total de R$ 1,53 bilhão, segundo levantamento da LBS Advogados, escritório que elaborou ação. Assim, na ação, os sindicatos pediram bloqueio de mesmo valor do patrimônio pessoal dos sócios — para assim assegurar pagamento das ações, caso estas sejam vencedoras na Justiça.

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