Stone despenca 9,42% e acumula baixa de 88% desde pico registrado no ano passado

As ações da Stone despencaram 9,42% nesta quinra-feira (17), fechando na mínima recorde de US$ 11,16 na Nasdaq

Maquininhas da Stone. Foto: Divulgação
Maquininhas da Stone. Foto: Divulgação

As ações da Stone despencaram 9,42% hoje, fechando na mínima recorde de US$ 11,16 na Nasdaq. Desde sua máxima histórica de US$ 94,09, registrada em 17 de fevereiro de 2021- há exatos um ano – o papel acumula uma baixa de 88,14%. Segundo o Marketwatch, a ação tem cinco recomendações de “compra” de analistas, 11 “neutras” e uma de “venda”.

Os mercados americanos fecharam no vermelho hoje diante de uma piora na crise geopolítica que envolve Ucrânia, Rússia e os Estados Unidos. Ante o temor da invasão russa no país vizinho, os investidores se afastaram dos ativos de risco. O Nasdaq caiu 2,88%, a 13.716,72 pontos.

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Conforme o Valor no mês passado, as ações das principais empresas de meios de pagamento passaram por um forte ajuste no ano passado, período em que o setor ganhou mais concorrência e enfrentou mudanças de regulação. A percepção é que Stone, PagSeguro e Cielo, que estão entre as líderes do setor, ainda precisam se adaptar à transformação desse mercado, que vem mudando com a chegada de novos competidores e também com a força do Pix.

A PagSeguro fechou em baixa de 7,53% nesta quinta-feira e perde 72,66% em um ano.

A Stone ainda tem um fator adicional. No segundo trimestre do ano passado, a compmanhia registrou prejuízo de R$ 150,5 milhões, impactada por ajustes de R$ 397,2 milhões e menores desembolsos na vertical de crédito. A empresa admitiu que cometeu alguns erros em relação ao segmento de crédito, especialmente em não prever o mau funcionamento do novo sistema de registro de recebíveis.

Nesse novo sistema, as credenciadoras precisam estar ligadas a uma das três registradoras credenciadas, e a Stone usa a TAG, que foi criada pela própria companhia. Hoje, o Valor que a companhia está tentando vender a registradora, mas que a tarefa não é fácil.

Em recente ao Valor, o presidente da Stone, Thiago Piau, afirmou que o produto de crédito está sendo reformulado e será relançado em breve.

Além da questão do crédito, a Stone enfrenta outros obstáculos, como dificuldades na integração com a Linx. No fim de 2020, a Stone comprou a companhia de softwares por R$ 6,7 bilhões, depois de uma longa e ruidosa disputa com a Totvs, que também queria a Linx. Agora, segundo o colunista , de O Globo, tem recebido propostas pela unidade, mas já recusou pelo menos uma.

A Stone ainda não anunciou a data de divulgação do balanço do quarto trimestre.

Com Valor Pro, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.

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