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Superávit em petróleo atinge US$ 20,3 bi e explica 37,5% do saldo comercial
O superávit comercial no grupo de petróleo e derivados atingiu US$ 20,3 bilhões de janeiro a agosto deste ano, valor recorde na série histórica, com aumento de 45% em relação a iguais meses de 2023.
O valor segue tendência de aumento desde 2017 na série histórica do período. No acumulado do ano até agosto, o superávit em petróleo e derivados foi equivalente a 37,5% do superávit total do Brasil, de US$ 54,1 bilhões, aponta o boletim do Indicador de Comércio Exterior (Icomex) divulgado nesta terça-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).
Em um ano em que a agropecuária tem apresentado um desempenho menos favorável que o do ano passado, em especial, a partir de meados do ano, o resultado é bem-vindo, aponta o boletim. Desde maio deste ano, os saldos da balança comercial total brasileira são inferiores aos registrados em igual período de 2023, quando o superávit alcançou níveis históricos.
Em agosto de 2024, o superávit da balança total foi de US$ 4,8 bilhões, enquanto no ano anterior no mesmo mês foi de US$ 9,6 bilhões. No acumulado do ano até agosto de 2023, o superávit foi de US$ 62,4 bilhões e para o ano de 2024, caiu para US$ 54,1 bilhões.
O resultado é explicado pelo aumento das importações, que cresceram 13% em agosto e 6,6% no acumulado do ano até mês, sempre contra igual período de 2023.
As exportações foram em sentido inverso e recuaram 6,5% em agosto. No acumulado dos oito meses ainda há pequena alta, de 1,1%, mas bem abaixo da variação das importações. A série histórica dos saldos comerciais desde 2024, sempre no período de janeiro a agosto, mostra que a balança de petróleo e derivados é superavitária desde 2017, passando de US$ 4,0 bilhões naquele ano para US$ 20,3 bilhões, em 2024, aponta o Icomex.
*Com informações do Valor Econômico
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