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Após 6 anos, Tecnisa (TCSA3) reverte prejuízo e tem lucro líquido de R$ 1,7 milhão
Entre julho e setembro, a incorporadora Tecnisa reportou lucro líquido pela primeira vez em 24 trimestres, com R$ 1,7 milhão, ante prejuízo de R$ 45 milhões no mesmo período do ano passado.
“Estamos muito felizes em conseguir apresentar lucro, ainda que pequeno, depois de tanto tempo”, diz o presidente Fernando Tadeu Perez, há um ano no cargo.
No acumulado de 2022, até setembro, a empresa ainda registra prejuízo líquido de R$ 14,7 milhões. O executivo afirma ter como objetivo atingir o break even no quarto trimestre.
A receita líquida da incorporadora somou R$ 72,1 milhões nesse intervalo, aumento de 184% na comparação anual. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 6,5 milhões, ante o valor negativo de R$ 21,8 milhões no terceiro trimestre de 2021. A margem Ebitda subiu 94,8 pontos percentuais em um ano, para 9%.
A margem bruta da Tecnisa foi de 14% no período, aumento de 22 pontos percentuais sobre o terceiro trimestre de 2021.
Uma das maneiras que a incorporadora tem encontrado para melhorar seus resultados financeiros é cortar custos, explica Perez. Do terceiro trimestre de 2021 até o mesmo período deste ano, as despesas gerais e administrativas da Tecnisa caíram 25%, para R$ 13 milhões.
Entre julho e setembro, a incorporadora lançou dois projetos, com valor geral de venda (VGV) atribuído à ela de R$ 233 milhões, um recuo anual de 19,2%. Um deles foi o Bosque Pitangueiras, que marcou o retorno dos lançamentos da companhia no Jardim das Perdizes, seu maior projeto, após sete anos. O empreendimento já está 75% vendido, afirma Perez. O Jardim das Perdizes é um projeto conjunto com a Hines.
As vendas líquidas da Tecnisa subiram 41,4% no mesmo intervalo, para R$ 112 milhões. A velocidade de venda da empresa, medida pelo índice de venda sobre oferta (VSO) bruto foi de 12%, aumento anual de 0,6 ponto percentual.
O estoque da incorporadora foi elevado em 47% em um ano, para R$ 876 milhões, contando apenas sua participação nas unidades. Do total, 5% são apartamentos já prontos.
No quatro trimestre a Tecnisa deve lançar mais um empreendimento no Jardim das Perdizes e outro projeto na Alameda Lorena, nos Jardins, também em São Paulo, onde concentra suas operações atualmente.
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