Twitter (TWTR34) demite parte da equipe no Brasil

Funcionários receberam mensagens avisando que seus cargos não eram mais necessários

Foto: Dado Ruvic/Illustration/File Photo/Reuters
Foto: Dado Ruvic/Illustration/File Photo/Reuters

Na madrugada desta sexta-feira (4), parte dos 150 funcionários da subsidiária brasileira do Twitter (TWTR34) tiveram seus computadores de trabalho bloqueados e receberam um e-mail em suas contas pessoais informando que seus cargos não eram mais necessários.

Conforme apurou o Valor, não houve uma comunicação oficial de demissão por e-mail. A empresa informou apenas que aguardem por futuras instruções.

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Carta de Musk

Após uma semana de rumores que Elon Musk pretendia demitir metade dos funcionários do Twitter, notícias apontam que funcionários da rede social nos Estados Unidos também receberam um e-mail na noite de quinta-feira dizendo que as demissões devem começar nesta sexta. Até o momento não se sabe o número exato de cortes.

O mercado de trabalho nos Estados Unidos está escasso, mas empresas de tecnologia estão reduzindo seu tamanho. A empresa de caronas compartilhas Lyft anunciou demissão de 13% da sua força de trabalho. A startup de pagamentos Stripe vai cortar 14% dos funcionários. A Amazon suspendeu contratações administrativas.

O jornal “The New York Times” foi quem primeiro deu a notícia sobre os cortes. Nesta semana, notícias diziam que Musk pretendia demitir até 3,7 mil funcionários. No começo da semana a “Barron’s” notou que demissões em massa podem custar caro para o empresário por conta de leis federais e locais no Estados Unidos.

O real número de cortes será divulgado nesta sexta-feira. A US$ 44 bilhões, Musk pagou demais pelo Twitter, por muito. Seu último balanço, divulgado em junho, mostrou que o fluxo de caixa operacional da rede social era de US$ 312 milhões. Inserindo despesas com capital, o número fica negativo em US$ 325 milhões.

A maior parte dos custos do Twitter é com pessoal, então se entende porque Musk quer fazer tais cortes. Como é comum em transações desse tipo, ele aumentou a dívida do Twitter em US$ 13 bilhões ao completar a compra. Isso adiciona mais US$ 1 bilhão em despesas com juros no balanço da empresa.

Musk tem bom histórico de reestruturar empresas, mas ele comprou o Twitter em um momento ruim para o setor. As vendas de anúncios caíram no setor, com empresas como Alphabet e Yelp sentindo esses impactos. Além disso, usuários e políticos da rede social estão em um cabo de guerra sobre o futuro da empresa.

O diretor-presidente da Tesla já disse que quer manter os melhores desenvolvedores de software do Twitter, reduzindo outros departamentos. Mas ele provavelmente precisará de pessoas e não algoritmos para vender anúncios e responder às pressões sobre moderação de conteúdo.

De acordo com a agência “Bloomberg”, uma ação coletiva foi impetrada na cidade de San Francisco, onde fica a sede do Twitter, tentando impedir que as demissões ocorram sem aviso prévio nesta sexta-feira. Na carta enviada a funcionários, Musk diz que as demissões são necessárias para garantir a sustentabilidade da empresa.

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