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Venda de shoppings acelera fusão entre Aliansce Sonae (ALSO3) e BR Malls (BRML3)
A venda pela Aliansce Sonae (ALSO3) de suas participações no Boulevard Londrina e Vila Velha foi positiva em termos de geração de valor, na medida em que a Aliansce tem taxa de capitalização de 15% ante de 8,7% a 7,6% dos ativos vendidos.
A negociação também aproxima a empresa da conclusão da fusão com a BR Malls (BRML3). Essas são as percepções do analista do Credit Suisse Pedro Hajnal publicadas em um relatório divulgado nesta sexta-feira (2) após a conclusão da venda dos ativos da empresa do segmento de real estate.
“Embora não possamos prever o prazo para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) analisar a operação de incorporação, a venda desses ativos, juntamente com a venda do Uberlândia Shopping, pode aumentar a probabilidade de o processo ser finalizado até o primeiro trimestre de 2023”, escreve o analista Pedro Hajnal.
Ele diz estar otimista com o setor brasileiro de shoppings e ter uma visão positiva sobre a nova empresa combinada e seus ganhos estratégicos.
O Credit Suisse tem recomendação de compra para as ações da Aliansce Sonae, com preço-alvo de R$ 29, potencial de alta de 59% ante o valor negociado no momento na B3.
Análise do Bradesco BBI
A aprovação pela Aliansce Sonae da venda de suas participações no Boulevard Londrina e Boulevard Vila Velha é positiva na medida em que a empresa se antecipou a potenciais exigências do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ante a fusão com a BR Malls, avalia o Bradesco BBI, em relatório.
Os analistas Bruno Mendonça e Pedro Lobato escrevem que a venda dos ativos deve reduzir os riscos antitruste para a fusão com a BR Malls e potencialmente acelerar a conclusão do negócio, previsto para o primeiro trimestre de 2023.
Além disso, eles veem a venda como positiva, com uma taxa de capitalização de entre 7% e 8%, enquanto a Aliansce Sonae atualmente é negociada com uma taxa de capitalização de 15%.
Os analistas dizem ainda que a entrada de caixa adicional deve reduzir a alavancagem consolidada da empresa combinada para cerca de 3,1 vezes dívida líquida sobre Ebitda, o que é como positivo no cenário atual de custo da dívida de dois dígitos. Com a venda dos ativos, a Aliansce Sonae provavelmente superará os R$ 400 milhões esperados pelo Bradesco BBI de vendas de ativos em 2022, afirmam.
O Bradesco BBI tem recomendação de compra para as ações da Aliansce Sonae, com preço-alvo de R$ 26, potencial de alta de 45% ante o valor negociado no momento na B3.
Santander
A venda de participações da Aliansce Sonae em empreendimentos do seu portfólio é positiva para a fusão da companhia com a BRMalls, de acordo com o Santander, considerando a perspectiva de desalavancagem.
Os analistas Fanny Orend, Antonio Castrucci e Matheus Meloni apontam que a nova companhia a ser criada terá menor exposição a “ativos mais fracos”, como os shoppings Boulevard Londrina e Vila Velha.
De acordo com o Santander, a transação deve desalavancar o balanço da Aliansce em um ritmo mais acentuado que o previsto, contribuindo para uma decisão mais rápida do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a fusão das companhias.
Segundo comunicado divulgado pela companhia ontem, a taxa de capitalização da venda de participação das unidades Boulevard é de 8,7%.
“Além disso, a operação também é positiva considerando os múltiplos envolvidos, já que a Aliansce Sonae está sendo negociada atualmente a uma estimativa de taxa de capitalização de 15,7%, segundo nossas estimativas”, apontam os analistas.
A recomendação do Santander para os papéis ordinários da Aliansce Sonae é de compra, com preço-alvo de R$ 27, o que representa potencial de alta de 49,5% ante a cotação registrada há pouco.
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