Vibra (VBBR3) pode perder marca BR para a Petrobras (PETR4)?

Estatal estaria avaliando tática para recomprar companhia privatizada em 2021, segundo rumores

Rede de postos da Vibra (VBBR3), antiga BR Distribuidora. Foto: Divulgação/Vibra
Rede de postos da Vibra (VBBR3), antiga BR Distribuidora. Foto: Divulgação/Vibra

A possibilidade de a Petrobras (PETR3; PETR4) voltar à distribuição e retomar a marca BR seria negativa para a Vibra (VBBR3), de acordo com relatório do Goldman Sachs divulgado nesta segunda-feira (24).

Para a petroleira, pode haver pressão sobre os dividendos a curto prazo, aponta o banco, uma vez que a volta para o setor levaria a Petrobras a ter que fazer investimentos na área, incluindo itens como bens de capital.

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O Goldman Sachs diz ainda que a volta da estatal para a distribuição pode trazer novas fusões e aquisições.

A informação sobre o suposto interesse da Petrobras em retomar a marca BR foi publicada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. Segundo a nota, a estatal pode entrar na Justiça para reaver a marca. A BR Distribuidora foi privatizada em meados de 2021.

Para o Goldman Sachs, a compra da marca poderia influenciar a dinâmica do mercado de distribuição. O relatório, assinado pelos analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Costa Martins, chama atenção ainda para a pressão que uma volta da Petrobras à distribuição poderia exercer sobre a área.

“Notamos que o setor opera com margens baixas e a entrada de um novo concorrente pode pressionar ainda mais a lucratividade dos distribuidores existentes (incluindo Raízen e Ipiranga).”

O Valor apurou com fontes de mercado que os rumores sobre o tema poderiam ser uma tática para a Petrobras recomprar a companhia inteira – e não só a marca BR – a um preço mais baixo futuramente.

Soma-se a isso o fato de que, se a Petrobras reaver a marca, teria que construir uma nova distribuidora do zero. Por contrato, a Vibra tem o direito à marca BR até 2031, e a Petrobras pode estar sujeita a multas caso descumpra cláusulas acordadas com a distribuidora.

O Valor procurou a Petrobras e a Vibra para falar sobre o assunto, mas não obteve respostas.

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