Virgin Orbit, de Richard Branson, deve apresentar pedido de falência ainda esta semana, dizem fontes

Ações da empresa do bilionário atingiram a mínima histórica na última sexta-feira

Aeronave da Virgin - Foto: Divulgação
Aeronave da Virgin - Foto: Divulgação

A Virgin Orbit está se preparando para um possível pedido de falência que deve ser apresentado ainda esta semana. A Virgin Orbit contratou duas empresas – Alvarez & Marsal e Ducera Partners – para elaborar planos de reestruturação em caso de insolvência, apurou a emissora norte-americana CNBC.

As ações da Virgin Orbit recuaram 29,7% na Nasdaq, bolsa em Nova York, na sexta-feira e encerrou o dia na mínima histórica, cotado em US$ 0,71.

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A empresa de exploração espacial comunicou o mercado na semana passada que ia interromper suas operações pelo menos por uma semana enquanto busca alternativas para expandir suas fontes de financiamento.

Boa parte dos cerca de 750 funcionários da Virgin Orbit estão procurando vagas em outros lugares. São engenheiros seniores e gerentes de programas que estão procurando e encontrando ativamente novos empregos, de acordo com uma análise da CNBC.

A empresa foi desmembrada da Virgin Galactic, de Richard Branson, em 2017 e conta com o bilionário como seu maior acionista, com 75% de participação. Mubadala, o fundo soberano dos Emirados, detém a segunda maior participação na Virgin Orbit, com 18%.

Um porta-voz da Virgin Orbit se recusou a comentar.

Ao fim do terceiro trimestre, o último resultado divulgado por enquanto, a rival da SpaceX (fundada por Elon Musk) tinha em caixa US$ 71 milhões. Com uma receita de US$ 31 milhões, a Virgin Orbit teve um prejuízo ajustado de US$ 43 milhões no último período. A companhia vem queimando caixa consecutivamente e em média US$ 50 milhões por trimestre. A Virgin Orbit tinha meta de alcançar US$ 331 milhões com receitas de lançamentos em 2023, bem acima da projeção de US$ 130 milhões que o mercado estima para a empresa.

Segundo a imprensa americana, Richard Branson não está mais disposto a financiar mais a empresa, e em vez disso, mudou a estratégia para salvar o valor. Desde novembro passado, captou recursos na forma de títulos de dívida por meio de um braço de investimentos da holding.

A Virgin Orbit levantou US$ 25 milhões em uma nota conversível sem garantia, e depois captou mais US$ 20 milhões e outros US$ 10 milhões em notas conversíveis com garantia em dezembro e fevereiro, respectivamente. As notas dão à controladora de Branson “prioridade” a ativos da Virgin Orbit.

Mas os US$ 55 milhões de recursos nos títulos não foram suficientes para sustentar a cara operação no primeiro trimestre deste ano. Desde o início, caixa era uma preocupação para a Virgin Orbit, que pretendia entrar no negócio de lançamento de satélites e outros serviços para clientes do setor aeroespacial, reporta a agência Dow Jones.

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