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Como se aposentar aos 50 anos com R$ 10 mil de renda por mês?
Para se aposentar aos 50 anos com R$ 10 mil de renda mensal, é necessário acumular cerca de R$ 2,3 milhões. A Reforma da Previdência tornou quase impossível se aposentar antes dos 60 anos pelo INSS. O professor Marcos Piellusch recomenda definir o retorno esperado dos investimentos e o tempo para acumular o patrimônio. Começar a poupar cedo é crucial: aos 20 anos, é necessário poupar R$ 2.796 por mês; aos 30, R$ 5.619; e aos 40, R$ 14.773. Investir em ações, ETFs, FIIs e renda fixa são estratégias recomendadas.
Quer se aposentar aos 50 anos e ainda ter uma renda mensal de R$ 10 mil no bolso? Caso este seja seu objetivo, é melhor não contar com o INSS, pois a partir da Reforma da Previdência ficou praticamente impossível se aposentar antes dos 60 anos. Afinal, a reforma aumentou a idade mínima da aposentadoria para as mulheres de 60 anos para 62 anos e manteve a dos homens aos 65 anos.
Mas a boa notícia é que é possível juntar dinheiro para se aposentar quando quiser. Conseguir esse objetivo a partir de seu próprio esforço, porém, vai depender de diversos fatores, mas, principalmente, disciplina.
De acordo com o professor de finanças Marcos Piellusch, da FIA Business School, além de definir quanto quer receber mensalmente após a aposentadoria, também será preciso definir o retorno esperado dos investimentos. Além disso, para fazer o cálculo correto, vai ser preciso saber quanto tempo terá para acumular o patrimônio esperado.
Confira, então, os cálculos do professor para saber como se aposentar aos 50 anos com R$ 10 mil por mês.
Você vai ler:
Quanto é preciso acumular para se aposentar aos 50 anos com R$ 10 mil por mês?
Para fazer esse cálculo, o professor considerou uma expectativa de vida até os 85 anos de idade. Ou seja, a pessoa conseguiria viver 35 anos recebendo, por mês, os R$ 10 mil de aposentadoria.
Além disso, considerou uma taxa de retorno real média (já descontada a inflação) de 4% ao ano dos investimentos.
Dessa forma, segundo os cálculos do professor, para garantir uma renda de R$ 10 mil por mês por 35 anos, vai ser necessário acumular um montante de quase R$ 2,3 milhões. Ou, mais especificamente, R$ 2.280.000.
Quanto poupar por mês para se aposentar aos 50 com renda mensal de R$ 10 mil
Para saber qual o valor necessário que uma pessoa terá de investir por mês para conseguir se aposentar aos 50 anos, o professor considerou o investimento em carteira moderada, com retorno médio do investimento de 5% ano ano.
O resultado é este:
Início da poupança | Quanto poupar por mês até 50 anos |
20 anos de idade | R$ 2.796 |
30 anos de idade | R$ 5.619 |
40 anos de idade | R$ 14.773 |
Como se vê, se alguém deseja se aposentar aos 50 anos e começa a pensar nisso apenas aos 40 anos, vai precisar de uma quantidade muito maior de dinheiro ou esforço de poupança para garantir a quantia necessária.
Aliás, pelos cálculos do professor, nesse caso terá de poupar um valor mais de cinco vezes superior ao de quem inicia aos 20 anos de idade. Ou seja, R$ 14.773 por mês a partir dos 40 anos ante R$ 2.796 mensais iniciando aos 20.
O recado, portanto, é começar a poupar para a aposentadoria o mais cedo possível.
Onde investir para conquistar R$ 10 mil de renda
Os investimentos mais adequados para cada faixa etária — 20, 30 e 40 anos — variam conforme o horizonte de tempo até a aposentadoria, o perfil de risco e os objetivos financeiros, explica o professor Piellusch.
A seguir, ele detalha as melhores estratégias para cada faixa etária atingir o objetivo de se aposentar aos 50 anos com renda mensal de R$ 10 mil.
“Essa estratégia leva em conta o equilíbrio entre risco e retorno e a necessidade de ajuste na alocação de ativos ao longo do tempo”, diz.
Onde investir aos 20 anos
Aos 20 anos, o horizonte de investimento é longo, permitindo maior exposição ao risco. Isso possibilita uma alocação mais agressiva, focada em crescimento de capital. “O objetivo dessa carteira é de crescimento de capital a longo prazo, com tolerância a períodos de alta volatilidade”, diz o professor
Carteira indicada
- Ações e ETFs (60%-80%): investir em ações de empresas de crescimento e em ETFs que replicam índices como o S&P 500 ou o Nasdaq, oferece uma boa diversificação e potencial de valorização a longo prazo. Empresas de tecnologia, saúde e energia renovável são setores promissores.
- Fundos Imobiliários (FIIs) (10%-20%): FIIs proporcionam renda passiva por meio de aluguéis e têm potencial de valorização ao longo do tempo. São uma forma de diversificar a carteira com menor volatilidade em relação às ações.
- Criptomoedas e ativos alternativos (5%-10%): com o tempo a favor, pode-se alocar uma pequena parte em ativos alternativos como criptomoedas, que, embora voláteis, podem proporcionar retornos expressivos.
Onde investir aos 30 anos
Com 30 anos, o investidor ainda possui um horizonte de tempo significativo, mas já deve começar a equilibrar crescimento e preservação de capital. “Aqui, o objetivo é crescer com um foco maior em estabilidade e preservação de capital, ajustando gradualmente a exposição ao risco”, diz o professor.
Carteira indicada
- Ações e ETFs (40%-60%): a alocação em ações ainda é significativa, mas com maior foco em empresas de crescimento sustentável e pagamento de dividendos. ETFs diversificados continuam sendo uma excelente escolha.
- Fundos multimercado e fundos de ações (20%-30%): fundos que combinam diferentes classes de ativos, como renda fixa e variável, ajudam a suavizar a volatilidade, mantendo o potencial de retorno.
- Tesouro IPCA+ e CDBs (20%-30%): para proteção contra a inflação e segurança do capital. Títulos públicos e CDBs de bancos sólidos podem oferecer um equilíbrio entre risco e retorno.
Onde investir aos 40 anos
Se começar a investir aos 40 anos para se aposentar aos 50 anos, o horizonte até a aposentadoria será muito menor, de apenas 10 anos. Nesse caso, a estratégia deve focar na preservação de capital e geração de renda. “O objetivo dessa carteira é preservar o capital, protegê-lo contra a inflação e focar em oportunidades de renda passiva para complementação da aposentadoria”, diz.
Carteira indicada
- Tesouro IPCA+, Tesouro Renda+ e CDBs (40%-50%): a maior parte da carteira deve estar em ativos de renda fixa, que protegem contra a inflação e garantem um retorno estável e seguro.
- Fundos Imobiliários (FIIs) (20%-30%): FIIs de alta qualidade com histórico de pagamento de dividendos regulares são uma boa forma de gerar renda passiva. Além disso, oferecem potencial de valorização do capital.
- Ações de empresas consolidadas e dividendos (10%-20%): foco em empresas grandes e consolidadas que pagam dividendos consistentes. Isso ajuda a complementar a renda com menor volatilidade.
- Previdência privada com PGBL/VGBL (10%-20%): boa opção para otimizar a tributação e acumular patrimônio com foco na aposentadoria. Ideal para quem utiliza a declaração completa do Imposto de Renda.
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