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Quanto você precisa para se aposentar no exterior?
Eu posso apostar que a resposta para a pergunta “quanto juntar para a aposentadoria no exterior?” vai lhe surpreender, já que é bem menos do que você imagina.
Na Costa Rica, por exemplo, com US$ 1 mil mensais já é possível pedir o visto de residência. Ou seja, se você se aposentou com um pouco menos do teto do INSS já está em condições de preparar as malas. E observe que você viverá num dos países que costuma estar nas primeiras posições dos rankings de melhores lugares para se viver depois de aposentado.
Mas quanto você precisa para se aposentar no exterior se quiser ter uma boa vida? Não muito mais, isso porque na Costa Rica e em Portugal, por exemplo, o custo de saúde privada é muito baixo se comparado ao Brasil e o sistema de saúde pública tem boa reputação.
Ou seja, só com esta economia de gastos de saúde você já consegue aumentar o seu benefício de aposentado. Além disso, muitos desses países oferecem oportunidades de trabalho para aposentados.
Aposentados globais
Por motivos como esses, aposentados no mundo todo estão se movimentando procurando destinos onde conseguirão melhorar sua renda e sua qualidade de vida. E a boa notícia é que esses países querem os aposentados. Tanto que oferecem descontos em impostos, em passagens aéreas e até financiamentos específicos para que empreendam.
É claro que você precisa se planejar para sua aposentadoria no exterior, mas definitivamente você não precisará ser um ricaço. Como já disse, é justamente para fazer com que a renda melhore que muitos aposentados estão virando globetrotter. Cada país exigirá cuidados específicos, mas uma boa precaução é ter investimentos específicos para custear a moradia.
Em Portugal, por exemplo, se é este o destino que pensa em viver depois de aposentado já direcione parte de seus investimentos para comprar o imóvel onde vai morar. Este é um custo altíssimo, principalmente em Lisboa.
Já na Costa Rica o custo com moradia é mais baixo. Mas é uma boa medida ter uma reserva específica para pagar moradia. Ou, comprar um imóvel no país. Há muitas oportunidades de imóveis a um custo bem mais baixo do que você pagaria no Brasil, principalmente se estiver fora das cidades turísticas. Veja aqui como comprei a minha casinha numa montanha da Costa Rica.
Países que tem acordo com o Brasil para aposentadoria
O Brasil tem acordos com diversos países que permitem que você use seu tempo de contribuição aqui para pedir o benefício lá. Veja quais são esses países aqui.
É preciso, claro, cumprir algumas regras, mas já são muitos os brasileiros que usam esse expediente e se aposentam em outros países.
Note que você poderá usar o tempo de contribuição no Brasil, mas terá que se submeter às regras do país que escolheu para se aposentar. A principal diferença é a idade mínima que nos países europeus costuma ser maior do que no Brasil.
Leonardo Rolim, ex-presidente do INSS e ex-secretário da previdência, explica que o objetivo dos acordos internacionais de previdência é justamente que o trabalhador que migrou de um país para outro não perca seu histórico de contribuição, seu histórico laboral.
“Você pode inclusive contar vários países desde que eles tenham acordo com o Brasil. Pelo acordo Ibero americano é possível, por exemplo, ficar um tempo trabalhando na Espanha, um tempo na Argentina, um tempo em Portugal e na aposentadoria somar o tempo de contribuição e escolher qualquer um desses países para se aposentar”, diz ele. Você não perde o tempo que contribuiu em nenhum dos países.
Então é necessário que você tenha contribuído um determinado tempo no país? Sim, ele diz. Esse tempo vai variar de país para país, mas costuma ser um tempo mínimo, segundo ele.
Aposentadoria por invalidez, por exemplo, em geral não há um tempo mínimo e quando há é muito pequeno, de no máximo um ano.
E para quem já se aposentou?
Rolim explica que se você já se aposentou no Brasil pode optar por receber o benefício em Portugal, ou qualquer outro país, mas ele é pago pelo INSS normalmente e você terá uma tributação alta.
”É possível para todo mundo receber o benefício da aposentadoria em qualquer país, independentemente de acordos ou não, sem precisar sequer ter contribuído no outro país, pois quem estará pagando o benefício será o INSS”, ressalta.
Portanto, se é seu desejo se aposentar no exterior, você tem que fazer o processo de aposentadoria no país escolhido.
Como você pode observar, planejar a aposentadoria é uma jornada que exige múltiplas escolhas que vão além dos aspectos financeiros. Uma boa recomendação é durante a sua vida de trabalho ir testando viver em outros países, seja num ano sabático ou em trabalhos remotos, por exemplo.
Este tema não se esgota aqui. Portanto, envie suas dúvidas para mantermos a conversa.
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