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Como transformar R$ 50 mil em R$ 100 mil em 1, 5 e 10 anos?
Multiplicar o patrimônio é algo que brilham os olhos. Mas, para isso, é preciso foco e saber exatamente em quais ativos financeiros investir. Por isso, hoje, mostramos como transformar R$ 50 mil em R$ 100 mil. Sim, isso é possível, porém, como dito, é necessário atenção, e em alguns casos, uma pitada de risco.
Aliás, vale saber que recentemente nós mostramos como transformar R$ 5 mil em R$ 50 mil e também onde investir R$ 10 mil para ter R$ 100 mil. Vale a leitura (mas depois que terminar essa reportagem aqui, combinado?)
Como transformar R$ 50 mil em R$ 100 mil depois de 1 ano?
E começamos, então, apresentando uma proposta ousada que é onde investir R$ 50 mil para ter R$ 100 mil em 12 meses. Digo ousado, porque para conseguir esse montante em 1 ano requer um retorno de 100%.
“Isso é possível, mas muito improvável. Além disso, envolveria assumir riscos extremos em ativos altamente voláteis, como criptomoedas, operações de opções ou day trading em mercados altamente especulativos”, pontua Marcos Piellusch, professor da FIA Business School.
Já Marlon Glaciano, planejador financeiro e especialista em finanças, acrescenta nesse conjunto de como transformar R$ 50 mil em R$ 100 mil em 12 meses as ações especulativas.
Confira, a seguir, um pouco sobre cada um desses produtos mencionados:
- Criptomoedas, ativos digitais e ações especulativas: produtos com potencial de alta valorização no curto prazo, mas com grandes riscos de perda. “Esses ativos são extremamente voláteis e não são recomendados para investidores com aversão ao risco”, recomenda Glaciano.
- Day trading e derivativos: essas operações permitem alavancagem, mas exigem conhecimento especializado e uma alta tolerância ao risco. Por isso, podem resultar em perdas rápidas e significativas.
Onde investir R$ 50 mil para ter R$ 100 mil em 5 anos?
Agora a gente parte para um cenário um pouco menos ousado, vamos dizer assim. Isso porque, para dobrar o capital em 5 anos, seria necessário um retorno anual de aproximadamente 14,9%.
“Esse retorno, embora ambicioso, é mais factível que o objetivo de fazer o mesmo em apenas 1 ano. E algumas opções de investimentos que poderiam, com um bom nível de risco calculado, ajudar a alcançar essa meta seriam ações de empresas de crescimento, fundos multimercados, fundos imobiliários (FIIs) e ETFs setoriais de crescimento”, afirma Piellusch.
Por outro lado, Glaciano comenta também que investimentos internacionais podem ajudar na diversificação da carteira a fim de transformar R$ 50 mil em R$ 100 mil depois de 5 anos.
Entenda um pouco sobre esses ativos financeiros:
- Ações de empresas de crescimento: esse tipo de investimento pode gerar retornos significativos, especialmente em setores emergentes, como de tecnologia, saúde, ou energia renovável. “Entretanto, é importante considerar a volatilidade e o risco de mercado, pois ações podem ter flutuações de preço intensas”, ensina o professor.
- Fundos multimercados: oferecem diversificação e a possibilidade de exposição a diferentes classes de ativos, o que pode aumentar o retorno ajustado ao risco. “Além disso, esses fundos são geridos por especialistas que tomam decisões baseadas em análises de mercado e macroeconômicas”, afirma Piellusch.
- Fundos imobiliários (FIIs): os FIIs proporcionam rendimentos periódicos com menor volatilidade em relação às ações e a possibilidade de valorização imobiliária a médio prazo. O que oferece uma combinação de renda passiva e potencial de crescimento.
- ETFs setoriais de crescimento: esses ativos permitem acesso a uma cesta diversificada de ações em setores específicos, como tecnologia ou saúde, com custos menores em comparação à compra de ações individuais. “São ideais, portanto, para investidores que buscam exposição a um setor sem ter que escolher empresas específicas”, diz o profissional.
- Investimentos internacionais: diversificar em moedas fortes e economias em crescimento pode potencializar o retorno total da carteira.
Como transformar R$ 50 mil em R$ 100 mil depois de 10 anos?
Aqui, a proposta é mais tranquila. Afinal de contas, para dobrar o capital em 10 anos, seria necessário um retorno médio anual de aproximadamente 7,18%.
“E isso pode ser alcançado com uma combinação de produtos de renda fixa e variável, como Tesouro IPCA+, ações de dividendos e fundos imobiliários”, comenta Marlon Glaciano.
Para Piellusch, além desses produtos mencionados, o planejador financeiro também indica CDBs e ETFs, ambos de longo prazo.
Saiba, então, como funcionam os investimentos citados:
- Tesouro IPCA+: ideal para proteção do poder de compra ao longo do tempo. “Oferece segurança e retorno real garantido acima da inflação, sendo adequado para investidores conservadores”, diz Marcos Piellusch.
- Ações de empresas consolidadas com dividendos consistentes: as empresas que pagam dividendos consistentes geralmente têm fluxos de caixa estáveis e práticas de governança sólida. Além disso, os dividendos fornecem uma renda regular e, quando reinvestidos, aumentam o retorno total ao longo do tempo.
- Fundos imobiliários (FIIs): “nesse caso, além de gerar renda, têm potencial de valorização do capital”, afirma Glaciano.
- CDBs de longo prazo: oferecem retornos previsíveis e são protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). O que proporciona segurança para investidores moderados que buscam retornos melhores que a poupança com baixo risco.
- Fundos de índice (ETFs) de longo prazo: ETFs oferecem diversificação de baixo custo e exposição ao crescimento do mercado acionário como um todo. “Isso, então, minimiza o risco específico de uma única empresa. Portanto, são apropriados para investidores de longo prazo que buscam acompanhar o desempenho de um índice de mercado”, pontua Piellusch.
Diversificação e aprendizado antes de investir
Para finalizar, o professor da FIA Business School ensina que ao considerar onde investir para alcançar suas metas financeiras, é importante lembrar que retornos mais altos geralmente vêm acompanhados de maiores riscos.
“Por isso, a diversificação e o conhecimento são essenciais para uma estratégia de investimento eficaz. A recomendação é sempre avaliar seu perfil de risco e horizonte de investimento, buscando orientação de especialistas quando necessário”, finaliza.
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