Bitcoin (BTC) caminha para encerrar novembro com fortes perdas

Mercado de criptomoedas enfrenta período de turbulências após a quebra da FTX

(Foto: Kanchanara/Unsplash)
(Foto: Kanchanara/Unsplash)

Bitcoin (BTC), ether (ETH) e as principais moedas digitais entram na reta final de novembro em baixa, a caminho de encerrar o mês com fortes perdas após a quebra da FTX, risco de contaminação no setor e apesar de uma sensível melhora nos mercados de risco. O bitcoin acumula uma desvalorização de 21,3% nos últimos 30 dias, enquanto o ether, moeda digital da rede Ethereum, recua 24,7% no período.

No final de semana, o bitcoin manteve o patamar de US$ 16,5 mil da semana passada, enquanto o ether teve dificuldades para operar acima de US$ 1.200. A segunda-feira, no entanto, começou com as duas moedas pressionadas pela tensão dos protestos na China contra a política de tolerância zero à covid-19. O evento ampliou a aversão a ativos de risco na Ásia, levando à queda de commodities, ações e criptomoedas, podendo acrescentar mais um fator de incerteza aos investidores globais, que já vem lidando com um longo processo de aperto monetário, inflação persistente e desaceleração no crescimento.

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Perto das 9h10 (horário de Brasília), o bitcoin era negociado a US$ 16.215, com desvalorização de 2% nas últimas 24 horas, enquanto o ether estava em US$ 1.171,21, com baixa de 3,7%, segundo o CoinGecko.

Em reais, o bitcoin estava em R$ 87.294,30 (baixa de 1,97%) e o ether, em R$ 6.303,71 (baixa de 3,65%), segundo o MB.

Na avaliação da Bybit, apesar da crise da FTX e das pressões para derrubar os preços dos ativos digitais, o bitcoin manteve o patamar de US$ 16 mil, demonstrando uma certa resiliência neste patamar de preço.

”A faixa de US$ 16 mil vem atuando como uma resistência forte com uma força compradora potente. Portanto qualquer queda abaixo deste valor é uma ótima oportunidade de compra no curto prazo pois rapidamente o BTC deve recuperar seu valor e voltar para US$ 16 mil como ocorreu na semana passada”, disseram os analistas da casa, ressaltando que o “bear market” continua e que dificilmente ocorrerá uma “alta exponencial” sustentada.

André Franco, chefe de pesquisa do MB, afirma que os protestos na China pesam sobre os mercados de risco, trazendo de volta a correlação dos ativos digitais com as ações.

“Com esse sinal no radar, é bem provável que, caso os protestos se intensifiquem, ainda veremos novas quedas nos ativos de risco no mundo inteiro”, disse.

Franco destaca que nos dados on-chain ainda predomina uma cenário de indecisão dos investidores de longo prazo, mas que houve um acúmulo de 18 mil bitcoins no final de semana por esses investidores.

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