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Bitcoin desaba, perde US$ 20 mil e deve ter a maior desvalorização trimestral desde 2011
No último dia útil do semestre, as principais criptomoedas têm fortes perdas e o bitcoin caminha para registrar o pior desempenho trimestral desde 2011. A baixa segue a piora nos mercados de risco, que têm um dia tenso com a sinalização de mais aperto na política monetária e recessão nas principais economias, além da liquidação do hedgefund Three Arrows Capital e suas consequências no mercado cripto.
Maior das criptomoedas, o bitcoin derreteu nas negociações da Ásia, perdendo o patamar de US$ 20 mil e o de US$ 19 mil, atingindo a mínima de US$ 18.987. Perto das 8h45 (horário de Brasília), a moeda digital já tinha recuperado sensivelmente e era negociada a US$ 19.088, com baixa de 4,6% nas últimas 24 horas, segundo o CoinGecko.
Já o ether, moeda digital da rede ethereum, desabava 8,6%, negociado a US$ 1.016,49. Em reais, o bitcoin estava em R$ 98.862,36 (-4,49%) e o ether a R$ 5.319,91 (-6,64%).
A derrocada das criptomoedas, que perderam mais de US$ 2 trilhões em valor de mercado desde o pico em novembro do ano passado, se acentuou no segundo trimestre com o colapso do sistema Terra Luna e agora com uma série de problemas de liquidez de plataformas de empréstimo por meio de criptoativos e o hedgefund Three Arrows Capital. No período, o bitcoin caiu cerca de 58% e o ether, 69%.
Analistas ainda não veem o fundo do poço para as criptomoedas no atual inverno cripto, enquanto os demais mercados de risco também não se estabilizarem.
Para Ayron Ferreira, chefe de análise da Titanium Asset, as sucessivas baixas do bitcoin demonstram a força do movimento de sell-off no segmento. “Também tivemos uma grande capitulação, com holders de longo prazo e mineradores vendendo parte de suas posições e muitos investidores realizando prejuízos”, disse.
“Aparentemente as expectativas em torno do cenário macro somado aos recentes escândalos do mercado cripto não têm deixado muitas expectativas, sem falar que estamos no final do mês, um momento onde os principais players institucionais reservam para fechamentos”, disse Humberto Andrade, trader do MB.
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