Bitcoin deve ter melhor mês desde janeiro de 2021; valorização pode continuar?

Maior das criptomoedas acumulava uma alta de mais de 18% em 30 dias

Foto: Unsplash
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O bitcoin e o ether, as duas maiores criptomoedas, chegam ao último dia útil de julho em patamares inéditos desde o colapso do sistema Terra Luna em abril. Se mantiverem o atual nível de preço durante o final de semana, as duas moedas digitais devem terminar o mês com a melhor performance desde janeiro de 2021.

Maior das criptomoedas, o bitcoin segue perto de US$ 24 mil nesta sexta, acumulando uma valorização de 18,2% em 30 dias. Perto das 8h30 (horário de Brasília), o bitcoin era negociado a US$ 23.978,92, com alta de 4,1% nas últimas 24 horas, segundo o CoinGecko.

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Já o ether estava em US$ 1.714,87, com ganho de 5,4% nas últimas 24 horas. Nos últimos 30 dias, a alta é de 47,9%. Em reais, o bitcoin estava em R$ 124.136 (alta de 0,32%) e o ether, em R$ 8.883,96 (-0,55%).

A recuperação das criptomoedas em julho ocorreu mesmo em meio ao ajuste na política monetária nos EUA e na zona do euro, que trouxe forte volatilidade aos mercados de risco. Com a maior definição neste sentido, as criptomoedas encontraram espaço para avançar apesar das consequências da quebra do fundo Three Arrows Capital e do aperto na liquidez das empresas que faziam empréstimos com criptomoedas.

Para Andre Franco, chefe de análise do MB, a retração no PIB dos EUA, anunciada na quinta, ajuda a diminuir a pressão de um aperto maior nos juros nos EUA.

“Essa oficialização do cenário negativo para a economia americana pode ser o sinal que o banco central precisa para não seguir com o aumento da taxa de juros. Consequentemente, o mercado começa a enxergar uma luz no fim do túnel e uma possibilidade de virada de mão do Fed, que seria positivo para os mercados de risco”, disse.

“Sinais de que o Fed pode estar chegando ao fim de seu ciclo de alta elevaram todos os ativos de risco, e as criptomoedas também se beneficiaram”, disse Cici Lu, CEO da consultoria Venn Link Partners à Bloomberg. “A liquidação de posições alavancadas parece ter acabado”, acrescentou, e “os mercados podem ter encontrado o fundo do poço”.

Segundo Felipe Medeiros, analista de criptomoedas e sócio da Quantzed Criptos, o mercado de criptoativos segue assimilando com otimismo o posicionamento do Fed em relação a juros e inflação. “É positivo para todo o mercado que o Fed reconheça que a inflação esteja recuando. Isso tira pressão sobre ativos de tecnologia, o que favorece o bitcoin e todo mercado cripto”, afirmou.

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