Bitcoin e ethereum iniciam semana em baixa com piora nos ativos de risco

Os investidores estão de olho nos ajustes da política monetária

(Foto: Art Rachen/Unsplash)
(Foto: Art Rachen/Unsplash)

Bitcoin, ethereum e as principais criptomoedas iniciaram mais uma semana com perdas seguindo a piora nos mercados de risco e de olho nos ajustes da política monetária para conter o avanço dos preços.

Depois da forte baixa na última sexta-feira, o bitcoin oscilou em torno dos US$ 21 mil durante o final de semana, sem espaço para recuperação diante das incertezas no front macroeconômico. O ether, moeda digital da rede ethereum, teve perdas ainda maiores, voltando a oscilar no patamar de US$ 1.500, após um rali conduzido pelo otimismo com a atualização de software, prevista para ocorrer no dia 15 de setembro.

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No universo cripto, a stablecoin HUSD, ligada à corretora Huobi Global, derreteu quase 15% e perdeu a paridade com dólar, lembrando o colapso em abril do sistema Terra/Luna. Ainda há dúvidas sobre detalhes do que ocorreu com a criptomoeda, mas informações prestadas pela Huobi apontam para dificuldades ligadas a formadores de mercado da moeda que teriam sido desligados por questões regulatórias. A Huobi afirma que o caso foi solucionado e a stablecoin recuperou a paridade com o dolár.

Perto das 9h10 (horário de Brasília), o bitcoin era negociado a US$ 21.249,45, com baixa de 1,5% nas últimas 24 horas, segundo o CoinGecko. Já o ether estava em US$ 1.571,71, com recuo de 3,8%. Em reais, o bitcoin era negociado a R$ 111.013 (baixa de 1,07%) e o ether a R$ 8.208,65 (baixa de 3,44%), informou o MB.

Para André Franco, chefe de pesquisa do MB, o recuo das criptomoedas na última sexta segue como motivo de preocupação para os investidores do segmento, dado o cenário pessimista para os mercados de risco. “Quando a gente olha para os investidores de longo prazo, a gente vê um acúmulo quase tão agressivo como no final de 2021”, disse.

Nesta semana, os investidores devem olhar com atenção para os principais indicadores macroeconômicos dos EUA. O destaque será o Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) do segundo trimestre, que sai na quinta-feira e a primeira revisão do Produto Interno Bruto (PIB) relativo ao segundo trimestre deste ano. Já na sexta, saem o PCE e o Núcleo do PCE relativos a julho. Vale também acompanhar os discursos de dirigentes do Fed no simpósio anual de Jackson Hole, no estado de Wyoming, que ocorre na quinta e na sexta. O próprio presidente nacional do Fed, Jerome Powell, falará no evento.

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