Bitcoin rompe US$ 100 mil com forte volume via ETFs: vale a pena investir agora?
- O Bitcoin ultrapassou US$ 100 mil, impulsionado pela decisão do Fed de manter os juros.
- Investidores institucionais impulsionaram a alta via ETFs, atingindo US$ 891 milhões.
- Analistas projetam continuidade da alta, mas alertam para possíveis correções.
- A suspensão da restrição à exportação de chips para IA também contribuiu para a valorização.
- O cenário otimista se baseia em alto fluxo de investidores profissionais e na expectativa de queda da inflação.
O bitcoin (BTC) voltou à cotação referência de US$ 100 mil nesta quinta-feira (8), chegando a ultrapassá-la na máxima do dia, após o banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) daquele país. A reage com alta de 3,7% nesta quinta e, segundo a plataforma CoinGecko, movimenta US$ 77,5 bilhões em 24 horas. Assim, vale a pena investir no bitcoin em meio à disparada?
Investidores profissionais voltaram a procurar o criptoativo para montar posições, apontam analistas. NDo cenário internacional, o ouro desaba e a renda fixa americana sobe, o que pode explicar o ganho em fluxo. O anúncio de que os Estados Unidos deve suspender a medida que limitava a exportação de chips da Nvidia para inteligência Artificial também favorece o bitcoin.
Vale a pena entrar no bitcoin hoje, após disparada?
O bitcoin hoje atinge o maior nível desde janeiro deste ano, quando surfou alta a partir da eleição do republicano Donald Trump. O presidente dos EUA assumiu desde sua campanha uma postura pró-criptoativos, inclusive emitindo uma memecoin relacionada à sua campanha.
Entre analistas, há otimismo em relação ao bitcoin.
Para eles, a alta se sustenta em alto fluxo de investidores profissionais, o que faz valer a pena investir no bitcoin. Além disso, a decisão do Fed em manter juros sinaliza uma tendência positiva no curto prazo.
A entrada líquida de US$ 891 milhões no bitcoin via fundos de índices, ou ETFs, marca a maior posição comprada no ativo por investidores institucionais desde abril, aponta Guilherme Prado, gerente da corretora Bitget no Brasil.
Assim, disparada do bitcoin hoje é provocada por um alto volume de remessas da moeda ao exterior. “Temos a expansão do programa de remessas via BTC de 15 países, além do Japão”, comenta Prado.
“No curto prazo, a visão é claramente mais otimista”, segue.
Enquanto as memecoins foram destaque no início do ano, em aceno à criação da Trump Coin, o bitcoin mostrou resiliência e hoje sobe porque o mercado “separou o ruído dos fundamentos”. Esta é a avaliação de Barbara Rocha, diretora comercial do Bitybank.
“O bitcoin segue em uma trajetória de consolidação como ativo estratégico global, especialmente em momentos de incerteza econômica”, continua.
Bitcoin atinge cotação de US$ 100 mil: O que esperar?
A alta na cotação do bitcoin era aguardada por analistas. Assim, a disparada de hoje rompe uma tendência de estabilidade observada no ativo em abril.
Segundo Ana de Matos, especialistas técnica e trader da corretora Ripio, existe “uma força compradora sobre bitcoin”. A tendência é de que ela continue se fortalecendo. “O que sugere continuidade do movimento de alta e até a resistência de longo prazo na cotação de US$ 105.140.”
Mas a especialista explica que altas acima deste patamar podem implicar correção no futuro. No mercado de criptomoedas, altas bruscas demais tendem a ser corrigidas pelo mercado quase que instantaneamente, o que explica a trajetória do ativo desde o início do ano.
Desde que bateu a máxima de todos os tempos em janeiro, a US$ 108,7 mil, o BTC cai 7,7%.
Confiança na alta
Ontem o bitcoin ganhou novo impulso rumo aos US$ 100 mil. Para o gestor e diretor da QR Asset, Theodoro Fleury, a alta da criptomoeda hoje está relacionada à decisão do Fed de manter juros nos Estados Unidos. Também reflete o veto de Trump à proibição de exportação de chips de IA.
Esta medida do presidente americano provocou um rali de ações de tecnologia da bolsa de valores de Nova York e, por consequência, fortalece o ativo digital mais popular do mundo, explica Fleury.
“E, além disso, o discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, foi o que o mercado queria ouvir. Deu a entender que a economia americana segue saudável, e reforçou que a inflação está em queda rumo à meta do Fed”, diz o gestor.
A indicação de um Fed mais paciente e para cortar juros favorece o bitcoin (BTC), além de outros criptoativos, comenta Guilherme Prado, gerente da corrretora Bitget no Brasil.
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