Bitcoin atinge marca histórica: o que está por trás da valorização e o que vem pela frente
O bitcoin (BTC) alcançou a simbólica marca dos US$ 100 mil a unidade. O recorde ocorreu no finzinho da noite de quarta-feira (4). Assim, ato contínuo, o investidor – do ativo ou não – deve olhar mais à frente. Buscar entender o que vai ocorrer agora.
Dessa forma, a Inteligência Financeira acompanhou desde o começo de novembro a trajetória deste criptoativo em especial. O conteúdo a seguir foi publicado originalmente no dia 12 de novembro. Mas foi revisado nesta quinta-feira, após a marca ser obtida. Então, vale o leitor ler ou reler o conteúdo para entender os próximos passos da moeda virtual.
O rali do bitcoin começou após a vitória de Donald Trump, e já acumulava alta superior a 30% desde então. Os investidores então aumentavam a aposta de que enfim a profecia dos traders de criptomoedas iria se concretizar. E o bitcoin poderia, em breve, alcançar a cotação de US$ 100 mil. O que de fato ocorreu.
As primeiras apostas institucionais nessa direção então começaram a chegar ao mercado. A exchange Deribit, maior do mundo para opções em cripto, disse à época que esperava que a cotação do bitcoin em US$ 100 mil chegaria antes do fim do ano.
E a MicroStrategy, de Michael Saylor, que mantém uma posição bilionária em criptomoedas, informou que reforçou até 10 de novembro o caixa com 27,2 mil bitcoins, desembolsando US$ 2 bilhões por isso.
Alta do bitcoin: o que vai acontecer com a criptomoeda?
Por tudo isso, Marcello Cestaria, especialista em criptomoedas da Empiricus, achava então que o investidor ainda encontraria espaço para montar uma carteira com a principal moeda digital do mercado.
“No curto prazo, é quase impossível prever o preço. Mas se você está se perguntando se agora é a hora de vender ou não, nunca estive tão otimista quanto estou agora”, ele afirma. “No médio e longo prazos, creio que voaremos muito alto ainda”, destaca.
Na semana anterior da publicação, Alexandre Ludolf, consultor de empresas cripto, explicou que até os US$ 100 mil, o mercado cripto precisaria enfrentar dois pontos de resistência. O primeiro, aos US$ 78 mil. O segundo, talvez o último grande ponto de resistência, era US$ 92,8 mil.
Um ponto de resistência é um nível de preço do ativo em que a ponta vendedora é forte o suficiente para evitar que ele suba ainda mais. É exatamente como um teto no qual o preço tem dificuldade em romper. É, assim, devido às ordens de liquidação dos investidores que vendem o ativo quando ele se aproxima desse patamar.
Por que o bitcoin está subindo? Até onde vai a moeda?
O que está por trás desse novo rali do bitcoin é a eleição de Donald Trump, que se declarou favorável a uma política pró criptos. Mas não somente isso. Os republicanos ganharam as eleições também no Congresso. E, a partir de agora, os entusiastas da blockchain esperam uma série de alterações no ambiente regulatório americano.
Trump prometeu na campanha que pretendia demitir o presidente da SEC, a xerife do mercado de capitais dos Estados Unidos, Gary Gensler. Isso animava o mercado porque, nos últimos anos, o executivo comprou algumas brigas com o mercado cripto. Diz-se que a demora para a liberação dos ETFs de bitcoin e ether à vista foi devido à postura anti-cripto de Gensler.
A segunda mudança seria a liberação para que as criptomoedas possam acessar o sistema bancário tradicional dos Estados Unidos. Enquanto no Brasil, bancos como BTG, Nubank e Itaú já oferecem acesso e custódia de criptomoedas, nos EUA essa prática ainda não é permitida.
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