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Bitcoin bate recorde com vitória de Trump e traders recuperam ‘sonho’ dos US$ 100 mil
O mercado de criptomoedas amanheceu na quarta-feira (6) eufórico. Com a vitória de Donald Trump na eleição para a presidência dos Estados Unidos, o bitcoin, ativo de referência do setor, alcançou o patamar de US$ 75 mil. Marcou assim um novo recorde em sua cotação frente o dólar. E colocou a cripto um pouco mais próxima de um sonho antigo dos traders: a cotação mágica de US$ 100 mil.
Para além da cotação, que é histórica, o investidor cripto raiz comemora o fim de uma barreira até então intransponível. O ponto de resistência fixado em US$ 70.300. Esse foi o teto criado pelo mercado dentro das plataformas de home broker. É o principal responsável por, até hoje, nunca ter permitido ao bitcoin se sustentar ns faixa dos US$ 70 mil.
Um ponto de resistência é um nível de preço do ativo em que a ponta vendedora é forte o suficiente para evitar que ele suba ainda mais. É exatamente como um teto no qual o preço tem dificuldade em romper. É, assim, devido às ordens de liquidação dos investidores que vendem o ativo quando ele se aproxima desse patamar.
US$ 100 mil logo ali para o bitcoin
“Os US$ 100 mil estão logo ali”, brinca Alexandre Ludolf, um dos principais traders do mercado, que hoje atua como consultor em empresas da área, como a Transfero.
Para ele, superada a barreira dos US$ 70 mil, outros dois pontos de resistência se apresentam rumo ao sonho do mercado. O primeiro, para quando a cotação se aproximar de US$ 78 mil. E o segundo, talvez o último grande ponto de resistência, em US$ 92,8 mil.
“Eu acho que uma questão grande agora é achar um novo ponto de equilíbrio para o bitcoin com o Trump”, afirma Ludolf. “Trump demonstra uma parte mais tranquila, mais amigável para a regulação de criptoativos. Isso pode ensejar novos players a entrarem no mercado”, diz.
O que aconteceu com o bitcoin
O bitcoin superou a cotação de US$ 75 mil no início da manhã, assim que Donald Trump foi oficialmente declarado vitorioso no embate presencial frente à democrata Kamala Harris.
As ações relacionadas ao mercado de criptomoedas passaram a subir forte, com destaque para a MicroStrategy, de Michael Sayllor, a Coinbase Global e a MARA Holdings.
Criptomoedas para além do bitcoin também reagiram com força. O ether alcançou cotação de US$ 2.626 e a Solana, US$ 185. A Dogecoin, token meme relacionado ao aliado de Trump, Elon Musk, chegou a se valorizar 21%, para mais de US$ 0,20.
Programa de campanha
Ambos os candidatos abraçaram a criptomoeda neste ciclo eleitoral. Kamala Harris chamou a blockchain de “indústrias do futuro”. Ela prometeu apoiar o bitcoin e outros tokens como parte de seu plano econômico.
Mas já era óbvio há algum tempo que o grosso do mercado torcia para Trump. Antes crítico do setor, ele chegou a dizer que o bitcoin era “baseado em nada”. Mas, recentemente, mudou de ideia. A ponto de, em julho último, prometer criar uma reserva estratégica de bitcoin e substituir o presidente da SEC, a CVM americana, apontado como crítico do setor.
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