Bitget tira executivo de concorrente e vai atrás de influencers para tentar crescer no Brasil

Num mercado já povoado por opções, a corretora de criptomoedas Bitget está se movimentando para abocanhar os investidores brasileiros. A exchange, que como tantas outras tem raízes chinesas, acaba de contratar o executivo Guilherme Prado para o cargo de country manager.
O movimento se assemelha ao lançamento de uma operação local. Mas Prado, que atuou nos últimos três anos a frente da concorrente Bybit para o Brasil, jura que não existe essa de divisão brasileira. No máximo, “um grupo que fala português e trabalha no modelo de homeoffice para ‘tropicalizar’ a marca”, conta.
Agora na terceira maior corretora de derivativos do mundo, o executivo diz que foi contratado por Min Lin, ex-vice-presidente da regional América Latina da Binance e, hoje, diretor da área de negócio (CBO, em inglês) da Bitget.
Ele confessa que vai implementar uma estratégia similar a que adotou na Bybit, onde abriu o bolso para montar uma poderosa rede de influencers e, assim, atrair investidores.
“Quero usar esse meu relacionamento construído no passado, trazer influencers para a Bitget. E, assim, crescer rápido”, diz Guilherme Prado. Na Bybit ele chegou a arregimentar 400 influencers digitais, sendo que 60 deles estavam entre os mais ativos.
Bitget lançou token proprietário
Recentemente, a Bitget viu a forte valorização de um token proprietário, o BGB, que ela lançou em 2021, mas alcançou capitalização de US$ 8 bilhões em 2024. Segundo Prado, a cripto será uma das estrelas para atrair investidores. “Quem tiver o BGB vai ter alguns benefícios, como receber uma parte da criptos que vão sendo listadas”, diz.
Embora a CEO da exchange, Grace Chen, tenha afirmado recentemente que pretende expandir via investidores institucionais, Guilherme Prado conta que o foco no Brasil será no varejo. Por isso, deve insistir em educação e na comunicação de ferramentas que ajudam em decisões de investimento.
“Vamos atuar numa estratégia comercial de ‘rouba montes’, que consiste em tirar clientes de outras corretoras”, diz.
Leia a seguir