Conheça os ETFs de criptomoedas e veja se eles cabem na sua carteira
Analise as vantagens e desvantagens para saber se o ativo deve ou não fazer parte do seu portfólio
Em menos de um ano, os ETFs de criptomoedas já movimentaram R$ 8 bilhões e têm atraído a atenção do público interessado em entrar na criptosfera. Esses fundos investem em índices que mostram o desempenho de criptos como Bitcoin e Ethereum. Ou seja, é um investimento indireto nesses ativos. Mas será que eles caem bem na sua carteira?
Conheça os ETFs
Existem cinco fundos disponíveis na B3 que acompanham os índices de criptomoedas. Dois deles investem em Bitcoins, outros dois investem no Ethereum e outro acompanha um índice com uma ampla cesta de criptomoedas, mas com maior participação do Bitcoin.
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Mesmo para a corretora Mercado Bitcoin, que concorre com os ETFs por clientes, a chegada desses fundos faz bem para o setor e mostra aceitação do mercado. “Estamos falando sobre criptos desde 2013. Mas só agora a B3 traz validação do mercado, os reguladores estão aceitando melhor a ideia e os ativos estão crescendo”, afirma Fabricio Tota, diretor de Novos Negócios do Mercado Bitcoin.
Vantagens
Entre os pontos a favor dos ETFs de criptomoedas está a diversificação. O investimento em criptos é indicado para os investidores arrojados que buscam aumentar o patrimônio. Esses fundos podem ser vistos como uma porta de entrada para o mundo das moedas digitais.
Dos cinco fundos de índices de criptomoedas disponíveis hoje na B3, o que traz maior diversificação é o HASH11. O ETF gerido pela Hashdex investe 63,6% de seu patrimônio em Bitcoin e 31,6% em Ethereum. Há ainda pequenas porções de investimentos em Litecoin, Chainlin, Bitcoin Cash, Uniswap, Flicoin e Stellar. Ou seja, comprando apenas um instrumento o investidor está exposto a várias criptomoedas.
A segurança também é um ponto positivo dos ETFs de criptos. Enquanto as moedas digitais não são reguladas, os fundos de índice estão debaixo da supervisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Anbima. Quem quer investir diretamente em Bitcoin ou Ethereum precisa ser muito criterioso na escolha da instituição, já que está sujeito a fraudes.
Para quem não quer ter dor de cabeça na hora de declarar o Imposto de Renda, os ETFs facilitam a tarefa. Isso porque algumas exchanges (corretoras de criptomoedas) podem não fornecer relatórios, já que não são obrigadas a fazer isso.
Desvantagens
A maior desvantagem de investir em criptomoedas através de ETFs é limitar o horário de negociação. Enquanto a B3 permite a negociação das cotas dos fundos de segunda a sexta das 10h05 às 16h55, as criptomoedas têm negociação 24/7.
Como são ativos muito voláteis e influenciados por declarações de famosos do mercado financeiro, as criptomoedas podem despencar ou ganhar preço de uma hora para outra. Ter seu horário de negociação limitado pode fazer o investidor perder o momento ideal de aumentar ou diminuir sua exposição a um ativo.
Outro ponto que alguns investidores podem não gostar é não ter o controle da gestão nas mãos. Os investidores mais experientes tendem a se incomodar com isto. Muitos deles também querem fazer a custódia das criptomoedas, o que não é possível quando o investimento acontece via ETFs, já que não há a compra do Bitcoin ou Ethereum.