Crimes com criptomoedas somam US$ 24,2 bilhões em 2023

O volume de dinheiro envolvendo transações criminosas com uso de criptomoedas chegou a US$ 24,2 bilhões em 2023. De acordo com um estudo da Chainalysis, uma empresa de análise de dados em blockchain, o número representa uma queda de 39% no total de negociações ilícitas em relação a 2022. 

Ainda de acordo com o Crypto Crime Report, o percentual de operações ilegais representou 0,34% do volume total transacionado com moedas digitais em 2023. Note que, no ano anterior, esse índice foi de 0,42, período em que foram identificados US$ 39,6 bilhões em negociações cripto ilícitas.  

Diante das conclusões do relatório, a Chainalysis estima que apenas uma pequena fração de todos os negócios com criptomoedas estava vinculada a atividades criminosas.

O levantamento inclui ativos roubados em ataques a criptomoedas e fundos enviados para carteiras designadas pelos analistas da Chainalysis como ilícitas.  

Neste crivo a empresa demarca contas associadas a grupos de ransomware, estabelecimentos fraudulentos, bem como mercados da darknet e vendedores de drogas online.  

Além disso, são identificados ainda os endereços vinculados ao financiamento do terrorismo, entidades e jurisdições sancionadas, e outras categorias relevantes. 

Investimentos em segurança diminuiu crimes com criptomoedas

Para Min Lin, chefe da Binance, a queda no total de transações criminosas está associada ao maior investimento das exchanges em segurança.  

“Reforçamos os esforços para combater atividades ilícitas e continuaremos a investir em conformidade, monitoramento e investigações”, diz o porta-voz da plataforma de negociações de criptomoedas. 

Assim a empresa informa que aumentou seus investimentos em segurança no ano passado e processou mais de 3 milhões de alertas em transações. Além disso, houve a colaboração com agências de aplicação da lei para combater fraudes. 

Segundo o Relatório Global de Crimes Financeiros, da NASDAQ, o montante de fundos ilícitos que fluíram pelo sistema financeiro global no ano passado foi de US$ 3,1 trilhões. 

Com edição de Daniel Navas