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Cripto nas eleições dos EUA é mais do que ‘politicagem’
No dia 5 de novembro, ocorrerão as eleições presidenciais dos Estados Unidos. O resultado é importante, já que ditará os rumos da maior economia do mundo pelos próximos quatro anos.
Além disso, as criptomoedas foram puxadas para o meio da campanha. Isso deve acelerar o cenário regulatório desse mercado nos EUA.
Os candidatos e as criptomoedas
Os dois principais candidatos da corrida eleitoral estadunidense, Joe Biden* e Donald Trump, já se manifestaram sobre ativos digitais – seja direta ou indiretamente.
Trump fala abertamente sobre lutar contra a hostilidade que empresas de criptoativos recebem nos EUA, se dizendo positivo e aberto a esse mercado. Já Biden* age de forma mais contida em suas ações.
Um exemplo recente foi a decisão de Biden* de vetar a aprovação do senado estadunidense que permitiria às instituições tradicionais, como bancos, ofertar serviços relacionados às moedas digitais.
Além disso, o bilionário Mark Cuban disse que as posturas agressivas do chefe da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês), em relação ao mercado cripto, podem custar esta eleição a Joe Biden*.
Isso demonstra como as criptomoedas possuem um peso significativo na corrida presidencial do país. E isso é ótimo para o mercado.
Mais clareza regulatória
A aprovação dos ETFs ligados ao preço de varejo do Bitcoin (BTC) nos Estados Unidos foi um passo importante na sedimentação desse ativo entre os investidores do país. Esse desenvolvimento é um endosso do regulador e ajuda a fomentar a adoção do BTC entre os investidores tradicionais.
A situação regulatória do mercado cripto nos EUA, porém, ainda é muito incerta. Os avanços repentinos da SEC contra empresas desse setor aumentam a incerteza regulatória, fazendo com que algumas companhias do mercado cripto sequer ofereçam seus produtos aos estadunidenses.
A atuação da SEC, aliás, é um dos grandes problemas enfrentados no mercado cripto estadunidense. Até onde vai a competência do regulador ainda se mostra um problema para o desenvolvimento da indústria blockchain no país.
Por isso, o holofote que a corrida presidencial dá aos criptoativos é muito importante. Trazendo mais um exemplo recente, legisladores dos partidos democratas e republicanos se juntaram para aprovar o Financial Innovation and Technology for the 21st Century Act no final de maio.
Este projeto de lei, também conhecido como FIT21, visa dar maior nitidez sobre quais são as competências da SEC e da Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês) em relação ao mercado cripto.
Embora o vencedor das eleições presidenciais possa impactar os rumos que o mercado cripto tomará nos EUA, o FIT21 é um dos casos em que esse resultado não importa. A atenção dada ao mercado cripto e a esta questão já podem ser considerados como uma vitória para o mercado.
Catalisador para a alta
Não é necessário destacar o quão importante foi a aprovação do FIT21, já que ele vai alterar completamente a situação da indústria blockchain na maior economia do mundo. O momento atual, contudo, torna essa aprovação ainda mais promissora para o mercado cripto.
Estamos, ao que tudo indica, em um ciclo de alta das criptomoedas. Uma notícia positiva, referente a um problema de longa data do ecossistema de criptoativos, em meio a um momento como este pode impulsionar os preços a patamares nunca vistos antes.
O protagonismo das criptomoedas na corrida presidencial nos Estados Unidos, então, é mais do que parte do discurso para atrair eleitores. Essa atenção pode reverberar nos fundamentos do mercado e render bons frutos em um futuro próximo.
*O artigo foi escrito antes da desistência de Joe Biden. O atual presidente dos Estados Unidos anunciou no domingo (21) que não vai tentar a reeleição
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