Memecoins surfam atentado contra Trump; bitcoin tem alta firme
O bitcoin (BTC) opera em alta nesta segunda-feira (15) em meio a apostas de que o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, sai fortalecido do atentado que sofreu no fim de semana. A expectativa dos investidores é de que Trump faça um governo pró-cripto, devido aos diversos acenos que fez ao setor durante a campanha.
Em maio, por exemplo, Trump disse que os EUA precisavam assumir a posição de “líder” no mercado de criptomoedas, reuniu-se com mineradores de bitcoin e defendeu que todos os próximos BTCs deveriam ser minerados em solo americano.
Diversas memecoins (criptomoedas criadas com objetivo humorístico e sem qualquer fundamento) como doland tremp (TREMP), maga (TRUMP) e outras ligadas ao presidenciável chegaram a disparar entre 40% e mais de 50% após o republicano tomar um tiro de raspão na orelha durante comício no sábado.
Entre os fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista que operam nas bolsas americanas, na sexta (12) foi registrado um saldo líquido positivo de US$ 310,1 milhões. Foi o sexto pregão consecutivo em que as compras de cotas superaram as vendas.
O principal responsável pelos fluxos de entrada foi o IBIT, da BlackRock, com US$ 120 milhões, enquanto o FBTC, da Fidelity, teve fluxo positivo de US$ 115,1 milhões.
Bitcoin hoje
Perto das 10h21 (horário de Brasília) o bitcoin sobe 5% em 24 horas, cotado a US$ 62.761 e o ether, moeda digital da rede Ethereum, tem alta de 5% a US$ 3.353, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo é de US$ 2,42 trilhões.
Em reais, o bitcoin apresenta valorização de 5,19% a R$ 343.818, enquanto o ether avança 4,79% a R$ 18.348 de acordo com valores fornecidos pelo MB.
Entre as altcoins (as criptomoedas que não são o bitcoin), a solana (SOL) tem alta de 5,7% a US$ 152,92, o BNB (token da Binance Smart Chain) dispara 7,1% a US$ 573,57 e a avalanche (AVAX) avança 4,2% a US$ 27,01.
André Franco, head de análise do MB, destaca que além das projeções de que os EUA terão uma regulação mais favorável a cripto no ano que vem, também faz preço o fim das vendas de bitcoins apreendidos pelo governo alemão.
Na semana passada, um dos fatores de queda para a maior das criptomoedas em valor de mercado foi o despejo de BTCs pelas autoridades alemãs, que apreenderam as moedas digitais após uma operação contra um site de pirataria.
“O governo alemão esvaziou totalmente as suas carteiras de bitcoin na tarde de sexta, de acordo com os dados on-chain com curadoria da empresa de análise Arkham Intelligence. Esse movimento pegou o mercado de surpresa, pois não houve nenhum contexto para essa venda, mas o grande sinal deste momento é a transparência do sistema. O governo alemão decidiu vender uma posição e o mundo inteiro estava atento”, diz Franco.
Ao todo, a Alemanha vendeu US$ 3,4 bilhões em bitcoin.
Com informações do Valor Econômico
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