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Investimentos, renda passiva e sua aposentadoria
Quando pensamos em investimentos notamos uma série de avanços conquistados ao longo dos últimos anos, mas claramente temos sempre um ponto em comum nas análises e pesquisas realizadas por gestores de recursos: como avançar de forma estruturada e sustentável para a promoção da educação financeira?
Recentemente, a Anbima divulgou um documentário chamado ‘Como você investe o seu dindim?’ que revela, através de 30 investidores espalhados de norte a sul do Brasil, os diferentes perfis do investidor brasileiro. (A Inteligência Financeira promoveu um evento sobre o filme e você pode conferir aqui.)
O documentário foi baseado na 6ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro e traz resultados importantes para nos ajudar a direcionar melhor os esforços na promoção de uma educação financeira.
Vale notar que 55% das pessoas que responderam à pesquisa já precisaram de dinheiro para uma emergência, reforçando a atenção que devemos ter quando pensamos na construção de reserva de emergência.
Outro ponto interessante se deve ao fato de que a alta nas taxas de juros impactou positivamente a intenção de se investir, aumentando as chances de falarmos sobre o tema.
Preocupação com a aposentadoria
Chama também atenção como os investidores estão se preparando para a aposentadoria: a idade média para se aposentar está em torno dos 60 anos, mas quando respondem sobre o objetivo do investimento, apenas 10% investem pensando nesse momento da vida – cabe notar que esse número era ainda menor em 2021; 8% naquela oportunidade.
Complementando esse quadro, quase a metade dos respondentes tinham expectativa que seus gastos nesse período irão aumentar. Temos aqui uma oportunidade de ajudar na construção desse momento: como eu devo investir hoje, pensando no futuro?
O papel da renda passiva
Nesse sentido, um outro ponto que aparece muito forte e está ligado a possibilidade de construção de um plano de aposentadoria é a chamada renda passiva.
Esse termo serve para definir a remuneração recorrente dos seus investimentos em produtos do mercado financeiro.
Então, você passa a investir em um produto financeiro (FII, Fundo de Crédito, ETF) e os ativos que compõe essa estratégia irão distribuir dividendos, JCP ou cupons (no caso da renda fixa), que poderão ser direcionados a você com a periodicidade combinada, ou estes serão reinvestidos na própria estratégia.
Surgem assim as diferenças, e aqui não tem certo tampouco errado, mas tem o saber qual a melhor opção para seus objetivos de investimento.
Você vai precisar do dinheiro no curto prazo?
O primeiro ponto importante para você entender onde investir, quando buscar esse tipo de renda, é se este rendimento é ou não necessário para compor o seu orçamento de curto prazo.
Caso ele seja necessário, importante buscar alternativas que sejam eficientes e assim te resolvam um problema.
Por exemplo, um ETF com diversas ações e que pague dividendos irá te ajudar a ter um portfólio diversificado com as melhores pagadoras de dividendos simplificando a alternativa de ter que ficar buscando as melhores empresas e por vezes tendo um portfólio concentrado.
Por outro lado, você pode buscar instrumentos que são isentos e dessa forma os rendimentos que serão pagos não terão a incidência do imposto de renda, não gerando um evento tributário contra você mesmo.
Investir é sobre detalhes
Agora, se dentro do seu orçamento não seja necessária essa renda adicional, ela pode ter um efeito poderoso no médio/longo prazo.
Mas como?
Quando pensamos sobre nossos investimentos em horizontes longos, o efeito de acumulação composta gera um impacto exponencial no resultado do investimento.
Por exemplo, se analisarmos o retorno do principal índice da bolsa americana que subiu em torno de 1.800% (S&P500) desde 1993, podemos decompor o seu retorno em 3 pilares: dividendos, crescimento de lucro e valorização das empresas.
Você acredita se eu te contar que apenas 1% de todo esse retorno é proveniente do aumento do valor das empresas?
Isso revela a força que o reinvestimento da chamada renda passiva realizada diretamente pelo instrumento financeiro, sem a incidência de imposto, tem para te ajudar na acumulação de capital e assim na composição de uma parcela de investimento importante para sua aposentadoria.
Se investir é sobre detalhes e planejamento, nada mais importante do que se atentar as diversas diferenças para conseguirmos estruturar nossa aposentadoria.
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