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Carteira automatizada: vale a pena investir? Veja comparação
Em junho, o Itaú Unibanco (ITUB3, ITUB4) reduziu o valor mínimo para contratação do serviço Carteira Automatizada Top 5 de Ações de R$ 20 mil para R$ 5 mil. Desde então, a curiosidade sobre carteiras automatizadas vem aumentando entre os investidores.
Para esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto e entender quanto essas carteiras andam rendendo nos últimos anos, fizemos perguntas a três especialistas. Confira as respostas.
O que é uma carteira automatizada?
Carteira automatizada é uma carteira que tem a estratégia definida por analistas de um banco, uma corretora ou uma casa de análise. “A compra e venda das ações e o ajuste da carteira são feitos de acordo com a análise dos analistas das corretoras que oferecem a carteira”, afirma Virgílio Lage especialista da Valor Investimentos.
Ou seja, para o investidor, a carteira automatizada é basicamente uma carteira que se atualiza de forma automática. “Essa estratégia pode incluir tanto ações quanto fundos imobiliários e tem como objetivo proporcionar ganho de capital, dividendos ou ambos”, explica Alexandre Siqueira, analista CNPI-T do Grupo Fractal.
Para quem vale a pena investir em uma carteira automatizada?
De acordo com os especialistas, geralmente a carteira automatizada é recomendada para investidores que têm algum conhecimento de renda variável, mas não têm tempo de acompanhar o mercado para aproveitar as oportunidades de investimento.
Além disso, ela também pode ser interessante para quem não tem tanto conhecimento sobre renda variável, mas quer assumir algum risco, terceirizando a gestão dos ativos.
Quais são as principais vantagens e desvantagens da carteira automatizada?
Para Siqueira, as principais vantagens são:
- Possibilidade de crescimento de capital através do mercado de renda variável;
- Diversificação em empresas de diferentes setores, mas com boas teses de investimento;
- Exposição ao mercado de renda variável por meio de uma estratégia testada e validada por uma equipe de análise de investimentos credenciada pela Apimec;
Lage também considera vantagem o fato de os custos muitas vezes serem menores do que os de fundos de investimento de renda variável, por exemplo.
Entre as principais desvantagens, Siqueira destaca:
- Possível excesso de giro de carteira, que pode onerar o investidor;
- Ausência de personalização, já que a estratégia é padronizada. “Nesse caso, é interessante que o investidor se certifique de que a estratégia está em linha com seus objetivos, uma vez que segue um modelo padronizado com metas e premissas predefinidas”, ressalta.
Lage complementa lembrando que, para o investidor que tem muito conhecimento e tempo para operar, as operações manuais podem ter resultado um pouco melhor do que carteiras automatizadas.
Quanto podem render as carteiras automatizadas?
De acordo com Lage, de modo geral, o objetivo dessas carteiras automatizadas é superar o Ibovespa e a renda fixa no longo prazo. Mas será que elas conseguem esse resultado?
Para responder, Gianluca Di Mattina, analista da Hike capital, faz uma comparação entre algumas das principais carteiras do mercado. “Nos últimos dois anos (entre setembro de 2022 e agosto de 2024) o resultado acumulado da XP Top Dividendos foi de 64%, da Itaú Dividendos foi de 60% e da Itaú Top 5 foi de 27%”, diz ele. “No mesmo período, o Ibovespa apresentou retorno de 24%, ou seja, inferior ao das carteiras mencionadas”, complementa.
Não custa lembrar que rendimentos passados não garantem rendimentos futuros, certo?
Como escolher a melhor carteira para você?
A dica de Lage para quem pensa em fazer esse tipo de investimento é diversificar. “O ideal é que a carteira do investidor tenha duas ou três carteiras automatizadas”, diz ele. “Por exemplo, uma ideia é combinar carteiras com foco em dividendos, curto prazo, longo prazo e FIIs”, detalha.
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