Em clima de Copa, veja como investir no exterior

Plataformas e leis mais modernas facilitam a aplicação em ativos estrangeiros

Ilustração: Inteligência Financeira
Ilustração: Inteligência Financeira

De uns tempos pra cá, diversificar a carteira de investimentos no exterior se tornou um “mandamento” recorrente entre os assessores de investimentos e gestores de carteiras.

Mesmo com a queda das bolsas estrangeiras neste ano, a orientação continua sendo dada, mas muitos brasileiros não sabem como fazer isso.

Inscreva-se e receba agora mesmo nossa Planilha de Controle Financeiro gratuita

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

Embora o processo pareça complexo, nos últimos anos, os órgãos do mercado têm trabalhado para oferecer mais opções (e menos complexas) aos investidores.

Os fundos de investimentos, os BDRs, e as próprias plataformas de investimento no exterior são algumas dessas opções. Abaixo, te contamos como funciona cada uma delas.

Como funcionam os fundos de investimentos

Primeiro, é preciso entender que existem inúmeras classes de fundos de investimento que podem servir como uma porta de entrada do investidor brasileiro no exterior.

Por exemplo: existem os fundos cambiais (que investem em moedas estrangeiras); os fundos de ações ou multimercados (que investem em papéis de empresas estrangeiras e em outros ativos do exterior) e existem os ETFs.

Vamos ver como cada um deles funciona:

Fundos cambiais

Aplicam em uma ou mais moedas, principalmente dólar e euro. O investidor compra a cota desses fundos em real e fica exposto às oscilações das moedas que estão no “pacote” daquele fundo. Por regra, 80% da carteira desses fundos deve ser ligada à moeda estrangeira e variação cambial. Os outros 20% normalmente são aplicados em fundos ou títulos de renda fixa.

Fundos de ações ou multimercados

Esses fundos aplicam em ações e outros títulos do exterior. Porém, segundo a legislação da CVM, o investidor de varejo só pode aplicar em fundos que invistam até 20% do patrimônio no exterior, que podem ser ações, títulos de renda fixa, ETFs. O resto precisa ser aplicado em títulos de renda fixa locais. Porém, no Brasil, existem fundos que investem em BDRs (Brazilian Depositary Receipts), ativos da bolsa brasileira que “espelham” papéis estrangeiros.

ETFs

Na bolsa de valores brasileira, os investidores encontram ETFs de índices de bolsas estrangeiras. Esses fundos têm gestão passiva e acompanham a composição daquele determinado índice, que pode ser de ações ou renda fixa.

BDRs

Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) são títulos negociados na bolsa brasileira que “espelham” ações de empresas estrangeiras. Portanto, é uma forma do investidor brasileiro aplicar em ações de empresas como Google, Amazon, Coca-Cola. Atualmente, há mais de 700 BDRs listados na B3. Até meados de 2020, eles eram exclusivos para investidores qualificados (que possuem mais de R$ 1 milhão em aplicações). No entanto, a CVM alterou a regra e permitiu que investidores do varejo também acessem esses produtos.

Plataformas de investimento no exterior

Atualmente, existem no Brasil corretoras e plataformas que facilitam o investimento diretamente no exterior, como é o caso de companhias como a Avenue e a Stake. Essas empresas possibilitam que investidores brasileiros abram suas contas por aqui, normalmente no próprio aplicativo, e invistam diretamente no exterior.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


Últimas notícias

VER MAIS NOTÍCIAS