Investimento no metaverso: saiba a diferença entre tokens e criptomoedas
Novos projetos deverão surgir usando mais os tokens do que as moedas digitais
A Meta, dona do Facebook, está planejando a criação de tokens para o seu próprio metaverso, em um movimento que pode marcar a história do mercado. Segundo apuração do Financial Times, a empresa de Mark Zuckerberg está pensando em criar ativos digitais para remunerar criadores de conteúdo. O modelo é parecido com o da Twitch, que dá benefícios a quem contribui com um influenciador, mas a parte dos tokens é nova.
A tecnologia está sendo pensada para o metaverso e ainda pode evoluir muito, dependendo da adesão dos usuários. No Brasil, o impacto seria grande. Segundo Luciano Mathias, CCO da TRIO, o próximo grande salto tecnológico do Brasil deve ser rumo ao metaverso, então o movimento da Meta pode ser bem-sucedido. Um dos fatores que pode contribuir com adesão do brasileiro ao metaverso é a chegada da tecnologia 5G, que deixa o processamento de gráficos mais rápido e realista. Para Mathias, as redes sociais, em geral, contribuirão para reduzir a barreira de entrada em ativos digitais, como criptomoedas e tokens. Sem precisar ter uma conta em exchange (corretora) ou uma carteira virtual, os obstáculos são ainda menores no projeto da Meta.
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Qual é a diferença entre token e criptomoedas?
Com a entrada da dona do Facebook no mercado de tokens, muita gente pode se perguntar qual a diferença desse ativo para as criptomoedas, como bitcoin e ethereum. A principal diferença entre os dois é o ambiente onde eles estão. Criptomoedas são moedas digitais criptografadas via blockchain próprio. Já os tokens não precisam do seu próprio blockchain, e podem ser criados em blockchains já existentes. É muito comum ver tokens na blockchain ethereum, por exemplo. “É mais fácil ver novos projetos usando tokens do que criptomoedas, já que eles não precisam de uma blockchain própria para rodar”, diz Raquel Vieira, analista da Top Gain.
Outra diferença entre os dois tipos de ativos é que os tokens são representações de ativos reais. “Seu valor depende da cotação do ativo que ele representa”, explica Luciano Mathias. Aqui, vale lembrar dos fan tokens, que são vendidos para que os torcedores tenham acesso a itens exclusivos dos clubes e descontos especiais; ou seja, são representações digitais de algo tangível.
Raquel Vieira explica que os dois instrumentos podem ser usados para investimento. “Assim como uma criptomoeda, um token pode trazer um projeto inovador e solução para o mundo real. É possível fazer uma análise fundamentalista para decidir se investe no ativo”.