Confira a estratégia do Fundo Verde em abril para virar o jogo contra o CDI em 2024
Fundo sob a gestão de Luis Stuhlberger ainda está atrás do indexador de renda fixa em 2024

Um dos mais famosos fundos multimercados, o Verde superou o CDI em retorno em março: 1,52% contra 0,83%. Contudo, a performance acumulada até aqui em 2024 ainda é pró indexador de renda fixa: 2,62% ante 2,15%.
Sob a gestão de Luis Stuhlberger, a carteira teve em março ganhos no livro de moedas, na exposição de ações brasileiras e globais, além de em posições de juros globais, no minério de ferro.
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Já as perdas se concentraram em juros brasileiros, tanto reais quanto nominais.
Para abril, na estratégia de render acima do CDI, o Verde manteve estável suas alocações em bolsa, tanto no Brasil quanto global.
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“A posição aplicada em juros reais no Brasil foi mantida, enquanto aumentou a alocação aplicada em pré na parte curta da curva. No mercado global, continuamos aplicados no juro real americano”, detalha o documento.
Adicionalmente, o relatório indica que o fundo manteve a pequena alocação em petróleo, ao passo que a posição vendida em minério de ferro maturou.
“A exposição em crédito high yield local e global permanece inalterada. Em moedas, ainda temos posições compradas no peso mexicano e na rúpia indiana, financiadas por posições vendidas no euro, no franco suíço, no renminbi chinês, e no dólar de Taiwan”, completa o texto.
‘Cascas de banana’
Na carta, o fundo crítica ruídos no mercado brasileiro. Porém, o Verde menciona que a economia vai bem até aqui.
“O Brasil, como de praxe, atravessa a rua para escorregar na casca de banana que está na outra calçada. São ruídos de toda sorte, interferência na gestão de estatais, conflitos entre poderes, agendas macro mal coordenadas”, diz o texto.
“Ainda assim, a economia segue surpreendendo positivamente e com inflação bem controlada, enquanto os ativos ficam mais baratos. Vemos uma assimetria interessante se formando na parte curta da curva de juros brasileira como combinação da dinâmica global e dos ruídos locais, e gradativamente temos aumentado risco ali”, continua o relatório.
Na cena externa, o fundo liderado por Luis Stuhlberger menciona que “o preço mais importante do mundo”, a taxa de juro americana, continua dominando as atenções do mercado de maneira quase absoluta.
“Março continuou esta temática: a alta da curva de juros nos Estados Unidos colocando pressão em todas as outras curvas do mundo (incluindo a brasileira) e impactando todos os preços de ativos”, destaca o relatório.
Há ainda sinalizações na carta sobre as eleições americanas, “com discussões relevantes sobre alta de tarifas e potenciais consequências na inflação”.
Há ainda no documento referências a sinais de um choque de oferta bastante positivo impactando a economia americana. “Fruto do boom de imigração, somado (potencialmente) aos efeitos de investimentos em inteligência artificial.”
“Apesar das inúmeras complexidades do cenário, temos mantido o portfólio alocado em ações e com posições aplicadas no juro real americano”, frisa o relatório.