Como ter inteligência financeira para investir?
Lidar com as emoções e definir os objetivos antes de qualquer decisão são fundamentais nesse processo
Cada investidor tem seus objetivos, metas, recursos e perfil de apetite a risco. Mas o que todos têm em comum é a inteligência financeira. Sem isso, dizem os especialistas, não seria possível ter bons resultados nos investimentos.
O que é inteligência financeira?
Desenvolver uma inteligência financeira é um processo com etapas que perpassam pelo controle das emoções, segundo o educador financeiro Thiago Godoy, mais conhecido como Papai Financeiro. Uma delas diz respeito ao autoconhecimento em diferentes níveis.
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“A inteligência financeira é um processo, que precisa respeitar uma hierarquia principal dentro do comportamento. Antes disso, vem o conhecimento, que ajuda a mudar o comportamento. Você tem um processo que começa no autoconhecimento, que passa para a auto responsabilidade e vai para o autocontrole, quando falamos de tomar decisões. É entender suas origens, suas crenças e seus padrões de comportamento que estão se repetindo”, afirma.
Autoconhecimento
Godoy destaca que a reflexão para estabelecer os seus objetivos antes de um investimento é a chave para desenvolver uma boa inteligência financeira e não ficar no prejuízo.
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“A partir desse entendimento, é possível entender onde você está agora, seu contexto de vida e as questões que acontecem com você para que tenha uma visão de onde quer chegar, seus sonhos. Entender isso é fundamental para ter a motivação para mudar seu comportamento. Depois é a autoresponsabilidade, que é ter a consciência de que você é o único responsável para implementar uma mudança de vida.”
Um desses passos é verificar para onde está indo seu dinheiro, ou seja, quais são os tipos de contas que você paga mês a mês, o que é necessidade e o que é desejo, o que são essenciais e o que não são.
“É entender o quanto desse fluxo que permite uma vida minimamente saudável, se você não está devendo ou tendo que pagar juros porque está inadimplente. É ter alguma segurança sobre o futuro, com alguma reserva de emergência para cobrir imprevistos que vão acontecer. E ter capacidade de aproveitar o momento presente, como lazer e momentos de descontração”, observa.
Como controlar as emoções para investir
Todas as etapas de reflexão para desenvolver essa inteligência financeira passam pelo controle emocional. “Quando você não se conhece, você vai repetir padrões e priorizar o curto prazo. O que evita isso é uma âncora, que são seus objetivos com prazos para acontecer lá na frente. Com um objetivo maior, você tem menos propensão a tomar uma decisão de curto prazo e gastar seu dinheiro com o que não precisa”, ressalta Godoy.
Uma forma de desenhar os objetivos para que fiquem claros antes de qualquer investimento é, segundo ele, definir um plano estruturado.
“Quando a pessoa começa a investir sem um motivo, ela tem menos propensão a olhar para o longo prazo, porque ela está focando mais no financeiro, e não no objetivo. Assim, você fica com uma expectativa de ganho acima do ganho natural, do que você ganha com segurança. Um balizador importante na economia é a taxa básica de juros, que dá condição de saber se uma oportunidade de investimento está boa ou se está boa demais para ser verdade, o que te faz cair na pirâmide financeira ou golpe, ou investimento de muito risco.”