Se você investir R$ 1 mil por mês, quando chega a R$ 1 milhão?
Veja as projeções de investimentos para investidores conservadores, moderados e arrojados se tornarem milionários
De acordo com a sabedoria popular, de pouco em pouco a galinha enche o papo. Pode ser, mas para os investidores mais ansiosos a dúvida é por quanto tempo se fica nesse pouco em pouco até encher o papo. Por exemplo, investindo R$ 1 mil por mês quando chego a R$ 1 milhão?
Com a ajuda de especialistas, a Inteligência Financeira estimou quanto tempo seria necessário investir R$ 1 mil mensais para chegar ao sonho de se ter R$ 1 milhão.
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De acordo com as projeções, o prazo seria diretamente impactado por fatores como os produtos escolhidos e o nível de risco tolerado. Carteiras mais arrojadas poderiam entregar um potencial maior de rentabilidade, mas acompanham também um nível de risco.
Da mesma maneira, há ativos, como o Bitcoin, que tiveram valorização acima de 7.000% em um prazo de 10 anos. No entanto, aqui estamos falando de um ativo altamente volátil e impossível de prever qual comportamento terá no longo prazo.
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Portanto, para a simulação feita pelos especialistas, vamos desconsiderar a alternativa de colocar toda a grana em um ativo desse tipo, trabalhando com projeções em carteiras diversas com diferentes tipo de risco.
“Quando pensamos em acumular R$ 1 milhão com este valor de aporte, pensamos em longo prazo. E quando pensamos em longo prazo, diversificar é extremamente importante”, afirma o planejador financeiro Marlon Glaciano.
Investindo R$ 1 mil por mês quando chego a R$ 1 milhão?
Em um cenário conservador, trabalhando com desempenhos próximos ao CDI, hoje em 10,65% ao ano, temos pouco mais de duas décadas de prazo para se bater a meta.
“Com base em uma taxa de retorno de 10% ao ano, algo fácil de alcançar em uma carteira diversificada conservadora, você atingiria R$ 1 milhão em aproximadamente 23 anos investindo R$ 1 mil por mês“, afirma Gustavo Corradi Matos, CIO da Medici Asset.
Nas projeções de Corradi Matos, em caso de uma carteira moderada, com uma rentabilidade em torno de 14% ao ano, seriam 19 anos. Da mesma maneira, em uma carteira diversificada arrojada, com uma meta de rendimento na faixa de 18% ao ano, o caminho para o milhão duraria em torno de 17 anos.
Veja abaixo a tabela com as projeções para diferentes produtos, carteiras e índices. Foram consideradas as projeções de Gustavo Corradi Matos e do planejador financeiro Marlon Glaciano.
Produto, carteira ou índice | Rentabilidade anual estimada ao ano | Prazo para alcançar R$ 1 milhão, investindo R$ 1 mil por mês |
Poupança | 6,17% | 29 anos e 5 meses |
CDI | 10,65% | 22 anos e 3 meses |
Tesouro Selic | 10,75% | 22 anos e 2 meses |
Carteira moderada – produtos de renda fixa, fundos de renda fixa e fundos multimercado | 14,00% | 19 anos |
Carteira arrojada* – moderada + FIIs, ações e dólar | 16,00% | 17 anos e 7 meses |
Carteira arrojada** | 18,00% | 17 anos |
E se eu tiver mais pressa?
De acordo com Gustavo Corradi Matos, é possível cortar esse tempo por mais que a metade caso se decida abrir os bolsos com mais dinheiro por mês.
“Considerando uma rentabilidade mensal da Selic de 0,83%, seria necessário aplicar R$ 5 mil mensalmente para chegar a R$ 1 milhão em dez anos. Se você estiver buscando uma rentabilidade moderada, de 14% ao ano, precisaria investir R$ 4.100 por mês”, projeta o CIO da Medici Asset.
Onde investir R$ 1 mil por mês?
Se a meta de ter R$ 1 milhão não é a sua prioridade, vamos ver de forma geral onde investir R$ 1 mil por mês.
Para investidores iniciantes e conservadores, os especialistas recomendam ativos tradicionais de renda fixa. Portanto, títulos do Tesouro Direto, CDBs, LCIs, LCAs e fundos de renda fixa.
Na sequência, para investidores moderados, é possível ter uma mescla entra renda fixa e renda variável. Por exemplo, fundos multimercado e fundos de renda variável.
Já no perfil mais arrojado ou agressivo, temos uma maior proporção de renda variável e uma variedade maior de produtos dessa modalide. Por exemplo, um volume maior de investimento em ações e a inclusão de ativos como ETFs e criptoativos.