Papéis da cervejaria Heineken e mais 15 empresas europeias passam a estar disponíveis para investidores brasileiros que buscam diversificação da carteira por meio dos BRDS. A B3 oferece os ativos para negociação para atender a demanda de quem busca exposição a diferentes moedas e regiões.
Os 16 novos BDRs são de empresas listadas nas Bolsas de Amsterdã, Toronto e Londres e tem como intermediário o Bradesco. Por meio dos BDRs, o investidor pessoa física pode investir em empresas estrangeiras sem a necessidade de enviar remessas de dinheiro para o exterior. A modalidade está disponível para pequenos investidores desde outubro de 2020, quando a CVM flexibilizou a regra de acesso ao produto que tem lastro em ativos listados fora do país, como ações de empresas e ETFs.
Além da cervejaria holandesa — que irá investir R$ 320 milhões em suas unidades de produção no Estado de São Paulo para ampliar sua agenda de sustentabilidade e expandir sua produção —, rival da brasileira Ambev, os BDRs listados hoje trazem para a B3 nomes conhecidos como o da Experian, dona da Serasa, Thomson Reuters Corporation, Tesco (setor alimentício em supermercados), o Royal Bank do Canadá, além da própria London Stock Exchange, que é a dona da Bolsa de Londres.
Com a oferta, a B3 passa a ter 28 BDRs que tem como origem empresas do Reino Unido e outros 21 do Canadá. A maior concentração é nos Estados Unidos, com 671 ativos. Os demais BDRs estão divididos entre países da América Latina, outros países da Europa e Ásia. Ao todo, são 827 BDRs listados.
Os produtos de renda variável foram os que mais cresceram, em relação ao número de pessoas físicas, no último trimestre de 2021: ao menos 1,4 milhão de investidores alocaram recursos na modalidade (crescimento de de 994% em relação ao mesmo período de 2020).