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JBS (JBSS3): você deve investir em uma das maiores empresas de alimentos do mundo?
Empresas citadas na reportagem:
Se você tem mais de 25 anos, certamente já ouviu falar da JBS. Isso porque a companhia esteve envolvida em escândalos durante o governo de Michel Temer, e segue mantendo a liderança global no setor de proteínas, despertando muita curiosidade (e receio) dos investidores. Confira a seguir o que você precisa saber para entender se deve – ou não – investir em ações da JBS (JBSS3).
O que a companhia faz?
A JBS comercializa carne, couro e margarinas e é dona de marcas bastante tradicionais no mercado brasileiro, como Seara, Swift, Marba e Friboi.
Gigante global do setor de proteínas, a empresa opera em 15 países, entre eles China, Estados Unidos, Canadá e Austrália, além do Brasil, é claro.
Por que a JBS é polêmica?
Seu nome, porém, nem sempre é associado à relevância da marca. Isso porque, há cinco anos, Joesley Batista, que conduzia a JBS na época, se envolveu em diversos escândalos, incluindo pagamento de propina, que culminaram na sua prisão.
Vem dessa época o chamado Joesley Day, dia em que foi divulgada uma conversa entre o então líder da JBS e o ex-presidente Michel Temer sobre a suposta “compra” do silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que já estava preso na época.
O fato foi tão impactante que comprometeu a aprovação da reforma da previdência, que era um assunto latente. Além disso, gerou comentários sobre a possibilidade de Temer renunciar ou sofrer impeachment, agravando a crise política do país.
As consequências para a imagem da JBS (JBSS3) foram terríveis, assim como na Bolsa de Valores e no câmbio. Por exemplo, o Índice Bovespa despencou quase 9%. Já o dólar subiu 10%.
Quem é o dono da JBS? E o que significa ‘JBS’?
Muitas pessoas se perguntam até hoje quem é o dono da JBS. Se você também tem essa dúvida, a resposta é José Batista Sobrinho, patriarca da família e fundador da empresa que – não coincidentemente – leva as suas iniciais. Pois bem: agora você já sabe o que significa JBS, certo?
Vale destacar que, durante a crise de 2017, foi o próprio é José Batista Sobrinho quem reassumiu o comando da JBS e conversou com fornecedores e clientes para evitar o afundamento da empresa.
Deu certo, tanto que a operação da empresa continuou firme e forte e atualmente ocupa a liderança mundial no seu segmento.
Desde 2018, a JBS é comandada por Gilberto Tomazoni, que foi promovido de COO a CEO Global, cargo que ocupa até hoje.
Como comprar ações da JBS?
Como explica João Gabriel Abdouni, analista da Inv, para comprar ações da JBS é preciso abrir conta em uma corretora e realizar a operação por meio do home broker, que é o sistema de negociação online, utilizando o ticker JBSS3.
Se preferir, você pode entrar em contato com a mesa de operação por telefone e passar a ordem de compra, indicando a quantidade de ações que quer comprar e que preço concorda em pagar.
Vale a pena investir em JBSS3?
A resposta para esta pergunta – se vale a pena investir na JBS – é complexa, porque depende de uma série de fatores, como:
- o tamanho da sua pressa;
- se você acompanha o setor onde ela atua;
- se você acompanha os preços que ela pratica versus os dos concorrentes;
- se você conhece e aposta nos fundamentos da companhia.
De toda forma e de um modo geral, os analistas são otimistas com o papel JBSS3. “A JBS é a maior produtora de proteína animal do mundo e vem tendo um ótimo desempenho operacional desde 2019, negociando barato a três vezes o lucro”, afirma João Gabriel.
Ou seja, para o analista vale a pena, sim, ficar de olho nas ações da JBS e – claro – acompanhar de perto qualquer novidade que envolva a imagem da empresa.
JBSS3 e dividendos: como foram os últimos pagamentos
O analista da Inv relata que, no último ano, a JBS pagou 10,7% de dividendos. A distribuição, segundo ele, ocorreu em três datas – maio, agosto e novembro.
Em maio de 2022 a empresa lucrou R$ 5,1 bi e distribuiu mais R$ 2,2 bilhões em dividendos, sendo R$ 1 por ação. O valor de R$ 1 por ação é algo que chama a atenção dos investidores, por estar além da média das demais empresas brasileiras na Bolsa que realizam a distribuição de proventos.
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