Medo de perder tudo? Calma: vamos te mostrar que investir não é complicado

Conheça os receios mais comuns dos investidores e saiba como evitar o caos emocional

Ilustração: Renata Miwa/Inteligência Financeira
Ilustração: Renata Miwa/Inteligência Financeira

Quem decide investir do zero vai, cedo ou tarde, sentir medo nas mais diversas situações, o que é normal. Mas é preciso ficar alerta.

Porque ter receio de cuidar das finanças pessoais para não sair no prejuízo pode se tornar uma enorme barreira que pode afastá-lo de seus objetivos financeiros.

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A seguir, conheça os 10 medos mais comuns de quem está começando a investir e confira dicas para superá-los.

1. O medo de perder todo o dinheiro

Muita gente se apavora com as oscilações do mercado financeiro e associa esse risco ao medo que elas têm de perder um dinheiro conquistado a duras penas. Mas a realidade pode ser bem diferente, se tomadas as devidas precauções.

Tenha em mente que, para começar a investir do zero, é necessário pesquisar antes de aplicar seus recursos, além de avaliar os riscos de cada produto.

O primeiro passo é entender o funcionamento das aplicações financeiras disponíveis no mercado. Vale lembrar que aquilo que promete o maior retorno é o que pode colocar seu dinheiro em risco.

Nesse sentido, diversificar a carteira é a melhor opção – aqui vale o clichê “não coloque todos os ovos na mesma cesta”, ou seja, não aposte todas as suas fichas em apenas um investimento. Distribua seu patrimônio entre aplicações mais arrojadas, como ações, e de baixo risco, como renda fixa e Tesouro Direto.

2. O medo de precisar do dinheiro logo depois de investir

Antes de começar a investir, é preciso ter consciência de que imprevistos podem acontecer – e acontecem. Nesse cenário, o dinheiro investido hoje pode ser necessário em um curto período de tempo.

Para não ficar na mão, você precisará conhecer a liquidez de cada um de seus investimentos e – estamos falando da disponibilidade de resgatar os recursos quando você precisar.

E existem aplicações que não podem ser resgatadas antes de um prazo estabelecido. Na verdade, até podem, mas você perde rentabilidade. Portanto, o importante, nesse caso, é o planejamento. Você deve separar seus investimentos em reservas para curto, médio e longo prazo.

As reservas de curto prazo – ou de emergência – devem ter alta liquidez, o que permitirá que você resgate a quantia a qualquer momento. É aconselhável que você tenha alocado entre três e seis vezes o valor de seus gastos fixos mensais nesse tipo de reserva.

3. O medo de escolher a instituição financeira errada

Não tenha medo de buscar ajuda antes de começar a investir do zero. E questione sempre, afinal, é o seu dinheiro que está em questão.

Antes de montar sua carteira, você vai ter que abrir uma conta em uma corretora ou banco. A B3 tem uma lista de corretoras cadastradas e você pode conferi-las aqui. Veja também se a instituição tem cadastro no Banco Central – o que você pode checar neste link.

Não deixe também de pesquisar a opinião de outros clientes sobre a instituição e veja se ela possui registro junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), cujo principal objetivo é disciplinar e fiscalizar as instituições do mercado financeiro.

Além disso, não deixe de comparar as taxas de administração para as diferentes modalidades de investimentos. Sim, elas mudam de instituição para instituição, porque, no fundo, investimento é um produto como outro qualquer e, sendo assim, ele segue as regras de concorrência.

Por fim, confira se a corretora oferece suporte para investimentos, o que é muito comum, como ter um aplicativo fácil de ser usado e uma bom atendimento por telefone. Eessa forma, será mais fácil dar os primeiros passos.

4. O medo de investir sozinho

Para começar, é fundamental que você saiba que ninguém nasce sabendo – e que procurar ajuda na hora de investir é mais do que bem-vindo.

Muita gente se apega à ideia de que os investimentos são coisas muito difíceis de se entender. Isso precisa ser desmistificado, afinal, o conhecimento só vai te ajudar a perder o medo de investir.

Antes de comprar um produto financeiro, procure entender como ele funciona. Prazos, liquidez, segurança, impostos e taxas de administração devem ser levados em conta na hora de decidir pela adesão.

Para quem está começando, recomenda-se optar por quantias pequenas e investimentos com baixo risco, como o Tesouro Direto ou outros investimentos da renda fixa, classe de ativos com um pouco mais de segurança. Além disso, sempre que possível, peça a opinião de algum profissional – quem disse que você deve agir sozinho? Mas atenção: não é qualquer pessoa. Existem profissionais qualificados que te ajudam nesse processo de entendimento do mercado, como os analistas certificados.

Na medida em que você for se sentindo confiante, pode começar a aumentar aos poucos a quantia dos aportes e direcionar seus investimentos para opções mais sofisticadas.

5. O medo de ser enganado por consultores

Quanto mais você se informar sobre o mercado financeiro, menor será a chance de você ser enganado. Acompanhe diariamente o que está acontecendo na economia e a situação política do país.

No começo talvez você se sinta um pouco perdido, mas, com o passar tempo, as informações vão fazer sentido. Você vai encontrar explicações sobre investimentos de maneira bem fácil das mais diversas formas: sites, redes sociais, YouTube, mas lembre-se de sempre buscar fontes confiáveis.

6. O medo de escolher o investimento errado

O perfil do investidor vai dizer muito sobre como ele deve aplicar os seus recursos. As instituições financeiras ajudam os seus clientes a determinar o perfil no qual se encaixam.

Com o resultado em mãos, os bancos e corretoras vão oferecer produtos que melhor se enquadram com a sua forma ideal de investir. Sentir medo nessa hora, mais uma vez, é natural.

7. O medo de não ter dinheiro para investir todos os meses

Por mais que os especialistas recomendem, você não tem a obrigação de fazer investimentos todos os meses. Aqui é importante planejar.

É você quem vai definir quando e quanto pode aplicar, afinal, ninguém conhece o seu orçamento e a sua realidade financeira melhor do que você. Para facilitar a sua vida, saiba que alguns investimentos permitem que você programe transferências automáticas todo mês – mas essa função não precisa ser ativada se você não quiser.

O recomendado é que você se organize para aplicar todos os meses um valor determinado, mesmo que pouco, para que investir se torne um hábito. Mas isso vai depender muito de sua situação financeira.
Tenha claro para você que investir, mesmo que esporadicamente, já vai ajudar bastante.

8. O medo de o investimento não render

É fundamental que você entenda que os investimentos são um exercício de planejamento – e paciência. Aqueles produtos que operam a partir de índices e taxas que mantêm um certo padrão podem ser previstos; nesse caso, o retorno é uma questão de tempo. Investimentos prefixados vão render a taxa do momento de contratação.

Muitas corretoras e bancos oferecem uma calculadora de rendimentos para você visualizar o quanto seu investimento irá render antes de fazê-lo – fazer uso desse instrumento pode deixá-lo mais tranquilo.

O site oficial do Tesouro Direto também disponibiliza essa calculadora, e há ainda sites e aplicativos de finanças que podem ajudar com essa tarefa.

Em se tratando de investimentos que não possuam liquidez diária, você poderá receber menos do que o previsto inicialmente, se resgatar seu dinheiro antes do prazo de vencimento. Fique atento!

9. O medo de investir em ações

Foi-se o tempo em que investir em ações era um bicho de sete cabeças. Para afastar esse medo, é necessário buscar informações sobre como a Bolsa funciona para investir com tranquilidade.

Quando se fala em investir em ações, muitas pessoas pensam que é algo muito difícil e acessível apenas para os mais ricos. Saiba que é possível investir na bolsa mesmo com pouco dinheiro. O indicado para quem deseja começar a investir em ações é, mais uma vez, estudar o assunto e buscar ajuda de profissionais qualificados.

Sabe aquele primo ou aquela vizinha que tem um dicaça de investimento? Cautela. Ainda que um deles trabalhe em uma instituição financeira, você deve fazer sua lição de casa: ouvir e buscar informação sobre o assunto.

10. O medo de errar na hora de declarar o investimento no Imposto de Renda

A declaração dos investimentos no Imposto de Renda é algo que gera muitas dúvidas. Mas fique tranquilo. No período da declaração do IR, os bancos e corretoras disponibilizam informes com os valores que você deverá preencher na sua declaração. Aí, você deve checar as informações e preencher o formulário. A Inteligência Financeira faz uma série de matérias que te orientam neste sentido. Caso as dúvidas persistam, você ainda pode pedir ajuda a um contador.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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