Onde investir R$ 100 mil? Veja opções
Especialistas dizem quais os melhores investimentos para o atual cenário econômico, além de sugerir alocações por perfil
Tenha você bastante dinheiro ou não para investir, é comum a curiosidade de saber opções de ativos financeiros. Portanto, hoje, a gente te mostra onde investir R$ 100 mil.
Aliás, quem está acostumado a ler os conteúdos da Inteligência Financeira, já sabe que não existe isso de uma solução mágica que sirva pra todos.
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“A decisão, portanto, vai depender de um conjunto de fatores, como perfil do investidor, horizonte de tempo, objetivos do investimento e também uma avaliação do cenário econômico atual e para onde vai a taxa de juros”, explica a planejadora financeira CFP pela Planejar Nayra Sombra.
Ela lembra que os investimentos em renda fixa tendem a oferecer uma proteção maior contra as incertezas fiscais. “Além disso, com a expectativa de manutenção – ou até mesmo alta – da taxa Selic até o final do ano, a renda variável pode ficar um pouco mais volátil”, diz.
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Por isso, o recado é diversificar. “Mesmo que o investidor tenha um perfil agressivo, ainda assim é importante colocar opções de renda fixa dentro do seu portfólio”, sinaliza.
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Opções de onde investir R$ 100 mil no cenário atual
A taxa Selic, mantida em 10,50% ao ano na última reunião do Copom, permanece ainda em um nível elevado. Enquanto isso, o cenário econômico se encontra muito tumultuado.
Prova disso é a alta do dólar e a queda das bolsas de valores nesta segunda-feira (5) no Brasil e no mundo, diante do temor de que os Estados Unidos possam sofrer com uma recessão.
Levando esses pontos em consideração, Nayra apresenta as melhores aplicações financeiras para o momento atual. Veja só!
Onde investir R$ 100 mil na renda fixa
Tesouro Selic: com a taxa Selic ainda alta, esta aplicação oferece um retorno atraente e é uma opção segura para preservar o capital com liquidez mais rápida. Ideal, portanto, para quem busca segurança e liquidez.
CDBs: Com as taxas de juros ainda elevadas, esse tipo de produto oferece boas rentabilidades, principalmente se for de bancos maiores ou emissores sólidos. Vale lembrar, também, que até o limite de R$ 250 mil o investimento tem garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
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LCA e LCI: estes títulos são isentos de Imposto de Renda. Além disso, costumam ter bons rendimentos especialmente se comparados com outras opções de renda fixa, além de também terem garantia do FGC.
NTN-B: na visão da planejadora, a matéria prima do Tesouro IPCA+ é um excelente investimento porque oferece uma proteção contra a inflação e tem mais uma rentabilidade real (ou seja, rendimento acima da inflação).
Com a NTN-B pagando IPCA mais prêmio de seis e até sete por cento, é uma excelente oportunidade para o investidor que puder aguardar o vencimento do título, diz. “Nesse caso, sugiro os vencimentos mais curtos, entre 2026 e 2028, como o ideal”, finaliza a planejadora.
Onde investir R$ 100 mil na renda variável
Apesar do cenário econômico turbulento, também é possível escolher boas opções na renda variável. As sugestões são:
Ações: aqui, vale procurar empresas com fundamentos sólidos que paguem dividendos regulares. “Em um cenário instável como o que a gente vive, este tipo de empresa consegue demonstrar uma certa resiliência, além de manter boas perspectivas de crescimento”, explica.
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ETFs: são opções diversificadas e acessíveis, pois acompanham os índices de ações ou setores específicos. Então, os ETFs oferecem crescimento e proteção em diferentes cenários. Mas é importante, claro, levar em consideração o cenário atual. “Falando em política, é essa instabilidade que a gente vive. Afinal de contas, ela afeta bastante o mercado. Então, é prudente também que o investidor considere não tomar riscos excessivos”, pondera a especialista.
Onde investir R$ 100 mil por perfil de investidor
Veja, a seguir, sugestões de onde investir R$ 100 mil de acordo com o perfil de investidor.
As carteiras foram elaboradas pela planejadora financeira Nayra Sombra e também por Gustavo Corradi Matos, CIO da Medici Asset, empresa do Grupo NanoCapital. O executivo, aliás, afirma que sua gestora realiza o rebalanceamento de classe de ativos a cada 3 meses, baseado na expectativa dos eventos econômicos macro nacional e internacional.
Confira as sugestões a seguir:
Perfil conservador
O objetivo do investidor de perfil conservador é, principalmente, a preservação do capital.
Para eles, Nayra Sombra recomenda a seguinte distribuição:
- 50% de Tesouro Selic, para garantir liquidez e segurança com rentabilidade atrelada a taxa de juros básica da economia;
- 20% do CDB de grandes bancos com rentabilidade atrelada ao CDI e pós-fixados;
- 20% em títulos indexados à inflação, como as NTN-Bs, para proteção contra a inflação, garantindo o poder de compra ao longo do tempo e um retorno real acima da inflação;
- 10% em LCIs e LCAs, que são isentos de imposto de renda e oferecem uma boa rentabilidade com segurança.
Já a alocação de carteira de Gustavo Matos para o perfil conservador é a seguinte:
- 80% pós-fixado CDI, sendo 60% em fundos de renda fixa referenciado e 20% através de títulos de emissão bancária, com vencimento em 3 anos;
- 15% em títulos IPCA+ de emissão bancária;
- 5% em títulos pré-fixados, todos com vencimento em 3 anos.
Perfil moderado
Este tipo de investidor aceita correr um pouco mais de risco em busca de uma rentabilidade melhor.
Carteira sugerida por Nayra:
- 30% em Tesouro Selic;
- 20% em CDBs ou LCI/LCA;
- 30% em NTN-B para aproveitar a taxa real que está acima de 6%;
- 15% em fundos imobiliários, para recebimento de dividendos;
- 5% em ETFs, a fim de buscar uma diversificação nesses índices que proporcionam um crescimento da carteira com risco controlado.
Carteira sugerida por Gustavo:
- 35% pós-fixado CDI via fundos de renda fixa referenciado;
- 25% em títulos de emissão privada ou pública em títulos IPCA+;
- 15% em fundos multimercado que atuem com uma abordagem macroeconômica ou quantitativa;
- 15% em uma carteira de renda variável de fundos imobiliários e ações de empresas boas pagadoras de dividendos;
- 5% em ativos internacionais. De acordo com Gustavo, essa é uma exposição “conservadora em vista de uma probabilidade maior de queda dos ativos de risco”, diz.
- 5% em títulos pré-fixados.
Perfil Arrojado
O investidor que tem um perfil arrojado busca o maior retorno e ele aceita uma maior volatilidade e risco da carteira, suportando, inclusive, algum grau de perda dos investimentos.
Carteira sugerida por Nayra:
- 10% de títulos de renda fixa de prazos mais longos. Aqui, Nayra afirma que pode ter algum prefixado se conseguir uma taxa boa com valor considerável;
- 15% em ETFs de ações;
- 20% de fundos imobiliários, a fim de gerar uma renda passiva;
- 25% em NTN-B para garantir a proteção contra a inflação e obter um retorno real;
- 30% em ações de empresas sólidas e boas pagadoras de dividendos.
Carteira sugerida por Gustavo
- 20% pós-fixado CDI via fundos de renda fixa referenciado;
- 15% em títulos de emissão privada ou pública em títulos IPCA+;
- 10% em títulos pré-fixados;
- 15% em fundos multimercado que atuem com uma abordagem macroeconômica ou quantitativa;
- 10% em ativos internacionais, exposição que ele considera “conservadora em vista de uma probabilidade maior de queda dos ativos de risco”;
- 15% em uma carteira de renda variável de fundos imobiliários e ações de empresas boas pagadoras de dividendos.
Quanto rendem R$ 100 mil em um ano na renda fixa?
Finalmente, a calculadora de renda fixa da Inteligência Financeira também te ajuda a saber quanto você terá ao final de 1 ano se investir R$ 100 mil em diferentes tipos de renda fixa, como títulos do Tesouro, CDB, LCI e poupança.
Nesta simulação, então, descobrimos que, ao final de um ano depois de investir R$ 100 mil, você teria:
- R$ 110.484,57 se investisse no Tesouro Selic;
- R$ 106.170,00, se aplicasse na caderneta de poupança;
- Mas caso investisse em um LCI prefixado, considerando uma projeção otimista, obteria um rendimento de R$ 12.717,65. Assim sendo, ao final de um ano, teria R$ 112.717,65.
As possibilidades são muitas e é bastante divertido fazer as simulações.