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CVM cria ‘Pix do investidor’: mudar os investimentos da sua carteira vai ficar mais fácil
O Pix do investidor vem aí. Afinal, o mercado financeiro tem passado por uma série de transformações tecnológicas, como o open finance. Essa iniciativa do Banco Central, aliás, já vem sendo implementada há alguns anos e busca tornar o mercado financeiro mais acessível. E, como uma continuidade desse movimento, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem trabalhado no Open Capital Market.
João Pedro Nascimento, presidente da CVM, falou sobre a iniciativa durante o ANBIMA Summit 2023. “Isso significa trazer as finanças descentralizadas para dentro do mercado de capitais aberto. Acreditamos que, ao simplificar a jornada de investimentos, vamos tornar o mercado de capitais mais atraente. E um mercado mais aquecido gera milhões de externalidades econômicas para o país”, ressaltou.
O que é o Pix do investidor
A agenda da CVM para implementar o Open Capital Market passa por algumas verticais. Uma delas é a de democratização. O objetivo, então, é empoderar os participantes do mercado.
Portanto, a Comissão está trabalhando no desenvolvimento de uma solução de portabilidade para investimentos – apelidado por João Pedro Nascimento como o “Pix do investidor”.
“Isso porque o proprietário do investimento não é o investidor em si, mas a casa que tem o recurso investido. Para mudar uma estratégia de investimento ele precisa resgatar, desaplicar, recolher impostos para depois reaplicar o dinheiro. Isso gera ineficiência e um custo fiscal”, explicou o presidente da CVM.
A ideia é tornar esse processo muito mais simples.
Porém, ainda não há uma data para o lançamento, mas o executivo deu alguns detalhes de como a solução funcionará.
“Queremos que essa portabilidade seja feita pelo próprio celular, com uma transposição que gere um efeito tributário mais neutro para o investidor”, ressaltou João Pedro.
Outros assuntos na mira da CVM
Além da democratização, os outros pilares da agenda da CVM incluem a criação de novos produtos, com foco no agronegócio, BDRs e nas SAFs, ou Sociedades Anônimas do Futebol. “Nós vamos anunciar um parecer da CVM em relação às SAFs. Um esforço semelhante ao que fizemos com o mercado cripto. Os pareceres de orientação são ferramentas importantes”, ressaltou o presidente.
Para concluir, a Comissão também tem uma agenda focada em trazer esse universo para dentro do mercado organizado.
“Durante muito tempo, os criptoativos foram inimigos do mercado de capitais. E não é verdade. Se a gente coloca os criptos no mercado organizado, nós conseguimos trazer mais modernização e atrair outros perfis de investidores”.
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