Queda recente do valor das criptomoedas pode ser boa para o setor
Cerca de US$ 1 trilhão teria deixado o mercado
Pontos-chave
- <p>Mercado teria se tornado irracional e imprudente</p>
- <p>Especialistas acreditam que as criptos vieram para ficar</p>
As recentes quedas das criptomoedas e o colapso de alguns sistemas podem ter uma consequência positiva para esse mercado ao ajudá-lo a se livrar de “maus atores”. Pelo menos é o que garantem alguns executivos desse ecossistema.
Na últimas semanas, bilhões de dólares foram varridos desse mercado, em um movimento impulsionado especialmente pela venda de ativos e pelo colapso das criptomoedas da rede TerraUSD. Isso, no entanto, foi visto com bons olhos pelo presidente da Web3 Foundation, Bertrand Perez, que vê como uma limpeza de pessoas que estavam nesse mercado “por motivos ruins”.
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Durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, o executivo afirmou que outra vantagem é que “todos esses projetos foram embora”. “Assim, os legítimos poderão se concentrar apenas no desenvolvimento de blockchains e esquecer o quanto vale o token, porque todos estão em baixa”, afirmou.
Além dele, Mihailo Bjelic, cofundador da empresa de blockchain, concordou com a avaliação. Segundo o site da emissora CNBC, o executivo disse que o mercado teria se tornado um pouco irracional e imprudente. Por isso, quando há esse tipo de correção, ele volta a ficar mais saudável.
Já Brett Harrisson, presidente da corretora de criptomoedas FTX U.S., afirmou que houve uma queda mais ampla para ativos de risco, como ações, que também está afetando as criptomoedas, mas que elas seguem em alta, especialmente se houver um olhar de longo prazo.
Brad Garlinghouse, presidente da Ripple, concorda e relembra a valorização da principal criptomoeda do mundo. “O bitcoin, há cerca de dois anos, estava em US$ 8.000. Agora vale US$ 30.000. Então, sim, houve uma ruptura e US$ 1 trilhão saiu do mercado. Mas quando você diminui um pouco o zoom e observa as tendências de longo prazo, acredito que a criptomoeda veio para ficar”, disse Garlinghouse à CNBC.