Megainvestidor Ray Dalio vai se aposentar?
Aclamado pelo mercado financeiro de todo o mundo, o megainvestidor Ray Dalio anunciou que está deixando o controle da Bridgewater Associates, a mais lucrativa gestora de hedge funds do mundo. Dalio tem 73 anos, liderou a Bridgewater por quase 5 décadas. A instituição tem US$ 140 bilhões sob gestão, 1.300 funcionários e começou como uma ideia em um cômodo de sua casa.
Dalio se aposenta em partes. No anúncio feito, ele explicou que continua participando da companhia, mas agora como investidor e membro do Conselho de Administração da Bridgewater Associates.
Quem passa a comandar a Bridgewater?
Dalio deixa a cadeira para dois pesos pesados do mercado: Nir Bar Dea e Mark Bertolini, que são co-CEOs.
Outros nomes estão à frente da gestora, como Bob Prince e Greg Jensen, co-CIOs, e que estiveram com Dalio nas últimas décadas.
Quem é Ray Dalio?
Ray Dalio fundou a Bridgewater em 1975. É de Nova York e começou a investir quando tinha apenas 12 anos.
Foi dele a ideia de utilizar uma estratégia que até então não havia no mercado: a “risk parity“, ou algo como “paridade de risco”. Na teoria, a ideia é simples: a estratégia de investimento, projetada para funcionar bem em quase qualquer ambiente de mercado, faz um equilíbrio entre diferentes classes de ativos. Os investidores de paridade de risco normalmente usam a alavancagem para aumentar a exposição em renda fixa, sempre considerada mais segura.
A paridade de risco funciona como um contrapeso para ações voláteis e garante que os diferentes ativos tenham uma quantidade igual de risco.
Por outro lado, a paridade de risco também significa que a alocação para a renda fixa é muito maior do que na maioria dos outros fundos equilibrados. Muitos investidores vêm questionando a estratégia, principalmente em um cenário de inflação alta.
O estilo de gestão de Ray Dalio
Ray Dalio desenvolveu na Bridgewater um estilo de gestão peculiar – e errou também. Em 1980, Dalio fez uma manobra errada no mercado e acabou perdendo dinheiro. Seus clientes ficaram possessos, por óbvio.
Dalio, então, reestruturou a Bridgewater, empacotou tudo em livros sobre liderança e investimentos, como o “Princípios” e “A nova ordem mundial”.
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