‘Blue bonds’: saiba o que são as ‘debêntures azuis’ que serão emitidas pela Sabesp (SBSP3)
O título da empresa de saneamento tem prazo curto; a remuneração ainda será definida, mas deve ficar, no máximo, em CDI mais 0,3%
A emissão de R$ 2,5 bilhões de debêntures da Sabesp (SBSP3), anunciada nesta semana, será a segunda do país com títulos rotulados como “azuis”. A primeira delas foi feita há quase dois anos pela BRK Ambiental para uma concessão em Alagoas.
Em suma, os “blue bonds”, ou debêntures azuis, são títulos de dívida usados no financiamento de projetos ligados à preservação de recursos hídricos. Com impacto nos oceanos e na vida marinha.
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Dessa maneira, o conceito é parecido com os dos “green bonds”. Esses voltados para projetos com impacto ambiental.
Por dentro das debêntures da Sabesp
Antes de tudo, a debênture da Sabesp tem prazo curto, de dois anos. Já a remuneração ainda será definida, mas deve ficar, no máximo, em CDI mais 0,3%.
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O Bradesco BBI e o Santander coordenam a oferta, que deve ser concluída no dia 10 de setembro. Os recursos serão destinados à recomposição e reforço de caixa da companhia, conforme os documentos da operação.
Na emissão da BRK, feita em novembro de 2022, a venda dos papéis movimentou R$ 1,95 bilhão e a demanda superou R$ 3 bilhões. Os papéis foram do tipo incentivado e com prazo de 20 anos. O dinheiro foi destinado para a implantação de serviços de água e esgoto em 13 cidades alagoanas.
A coordenação da operação da BRK foi do BTG Pactual que, na época, apresentou a emissão como a primeira “azul” no setor privado na América Latina e a primeira a mercado no setor de saneamento do mundo.
‘Debêntures azuis’
Então, especialistas acreditam que os “blue bonds” podem crescer no país. Assim como ocorreu como os “green bonds”, considerando a necessidade da universalização do saneamento básico.
A primeira emissão de títulos rotulados como azuis que se tem notícia veio de Seychelles, país africano no Oceano Índico com economia baseada no turismo e na pesca.
Lá, a emissão realizada em 2018 levantou cerca de US$ 15 milhões para planos de gestão de pesca nas ilhas e apoiar a expansão de áreas protegidas.
Com informações do Valor Econômico